Luanda - O Delegado e Comandante Provincial do Namibe, Comissão Alberto Sebastião Mendes, “Limão” que se viu envolvido num acidente de trânsito e, por conseguinte, noticiado pelo Jornal “online” Club-K-Angola, respondeu a notícia vinte e quatro horas depois da sua publicação, contando, desta feita, a sua versão dos factos uma vez que, em seu entender a matéria reportada continha algumas inverdades.

Fonte: Facebook

Longe de julgarmos, aqui e agora, tais inverdades, até porque excessos de zelo ou imperícia existem nalgumas reportagens e, com isso, nos próprios repórteres, sem pretendermos olhar, igualmente, para os factos no sentido crítico, ou seja, se o acidente existiu ou não, se morreu alguém como constou das duas peças publicadas pelo mesmo jornal, questões já esclarecidas pelo comandante Limão. Como dissemos, queremos apenas reflectir e evidenciar a pronta resposta dada por aquele e sem recurso a terceiros:

 

A opinião pública, em termos de noção doutrinária, é o conjunto de defesas, discussões ou debates, conclusões unânimes produzidas publicamente por via dos órgãos de comunicação social e/ou seminários, palestras e outros actos similares em torno de uma determinada temática.

 

É desta noção que se fundam os argumentos de que saber comunicar na perspectiva institucional é, também, não permitir a que se forme uma opinião pública sobre matérias de um determinado sector quando inicialmente se sabe que aquela não corresponde com a verdade. É desta noção que se fundam os argumentos de que a contradição, no bom sentido, é indispensável em comunicação institucional porquanto permite a não criar opinião pública inclinada num único sentido.

 

Dito isto, somos de afirmar que a resposta do comandante Limão vinte e quatro horas depois da publicação da matéria é, nos termos comunicacionais, acertada, propícia e estratégica.

 

Aliás, vem de uma figura que actua no sector do Ministério do Interior, Departamento Ministerial do Estado angolano que, em nosso entender e fazendo “jus” a opinião pública sobre esta matéria de “comunicar”, é o que melhor comunica no País.

 

Fê-lo muito bem porque impediu a formação de uma opinião pública conclusiva no sentido de que o acidente provocou morte imediata a uma senhora; fê-lo muito bem porque impediu a que se formasse uma opinião pública de que o mesmo estaria a ir a uma festa, embora seja legitima e atendível a defesa de que o consumidor da primeira notícia não seja, exactamente, o do esclarecimento.


Por outro lado, o comandante demonstrou que, na verdade, é possível comunicar com rapidez, assertividade e com caracter pessoalidade. Para além de tal atitude demonstrar que um servidor público deve comunicar com todos os órgãos independentemente da sua linha editorial.

 

Aliás, o acidente embora tenha ocorrido em serviço (porque saía de Luanda, sua residência oficial, para o Namibe, local de trabalho) é, em termos de reflexos sociais, do âmbito mais pessoal do que institucional.

 

Em fim, a conferência de imprensa, em conclusão, foi útil, bem acertada pelos argumentos acima apresentados, embora entenda pessoalmente, salvo melhor posicionamento, que em casos similares e na perspectiva institucional o ideal seria endereçar uma nota de esclarecimento, chamado nas lides jornalísticas “direito de resposta”, exclusivamente, ao órgão difusor para que não se publicite o assunto ao público não consumidor do mesmo e que, à partida, desconheça a matéria e pode saber por via de órgãos que não noticiaram o assunto do qual se esclarece.

 

É caso para dizer que a “RÉPLICA DO COMANDANTE DO NAMIBE , LIMÃO, ENQUADRA-SE, PEREITAMENTE, NO QUE SE CHAMA PERFEIÇÃO DA COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL.