Luanda - A primogênita do malogrado empresário, Valentim Amões diz-se agastada com a morosidade que se regista por parte da justiça em proceder a partilha da herança entre os filhos do emblemático empresário morto num acidente de aviação em 2008.

*Joaquim Ribeiro
Fonte: Radio Despertar

Lídia Amões em entrevista recente à Rádio Despertar considerou prolongados os onze anos volvidos desde que a fortuna foi inventariada para a divisão entre os legítimos herdeiros. Uma situação que diz estar criar prejuízos à família.


No que se refere a problemática a volta de um suposto gasto indevido da fortuna e que causou problemas na justiça entre ela e as suas irmãos não germanas, Lídia Amões diz ter havido um mau-entendido por parte das suas irmãs, e que a seu ver, elas estariam a ser usadas como cavalos de batalha da luta de pessoas, que não quis especificar quem, supostamente ligadas ao anterior executivo, que a todo o custo queriam apagar da história os feitos do seu pai Valetim Amões . Naquela que descreveu como sendo uma saga de perseguição política com direito a espetáculos da mídia .


A empresária sofreu em 2016 uma dentição à margem da lei que em 2018 a Procuradoria Geral da República considerou como tendo sido abuso de poder e instaurou um processo-crime contra o juiz da 7ª Secção de Crimes Comuns do Tribunal Provincial de Luanda, José Sequeira Lopes, o executor da acção .
De lá à esta parte, o juiz não foi condenado. Situação que para a empresária é tida como mais um daqueles casos que mancham à justiça angolana.

A residir actualmente em Portugal, Lídia Amões esteve em Angola para participar do fórum mundial de turismo que Luanda albergou de 23 a 25 de Maio.


Questionada sobre se dominava uma suposta vontade do seu tio, Segunda Amões , em reerguer a empresa de refrigerantes da família localizada na província do Huambo, Lidia referiu que apesar de ser boa a idéia , nem ela e nem a sua mãe que diz deter 50 por cento do patrimônio, dominam a informação que considerou ser mera especulação .

Durante a entrevista, a empresaria anunciou estar em forja um processo crime contra os mentores do calvário a que a sua família foi submetida e que terá culminado com o suicídio do seu irmão, Azeres Cláudio Amões .