Á
PRESIDENCIA DA REPÚBLICA ANGOLA
MININT, O CENTRO DA MÁ GESTÃO DO PESSOAL.


Luanda -  O aumento de salário e a progressão de carreira. Mais um aniversário deste aparato Institucional, e a única coisa que o Ministro soube dizer é que o salário da polícia vai aumentar durante este ano. O aumento de salário não é suficiente, o que realmente se necessita é a progressão de carreira dos efectivos, não é bom ter um salário alto e continuar sempre agente. Neste aparato Institucional o que conta é a patente, quanto maior for a patente mais respeito a pessoa terá, razão pela qual, muito dos tais ditos chefes, usam da patente para poder intimidar as pessoas, principalmente aqueles chefes com pouca capacidade intelectual, valem-se do cargo para intimidar os efectivos que possuem patentes baixas, e muitos deles dizem”vocês nunca chegaram nesta patente”.


O aumento de salário deve ser acompanhado com a progressão de carreira, porque geralmente, tem se visto que, quando o salário aumenta os efectivos não ascendem de patente, não é admissível uma pessoa estar na mesma patente durante vários anos. É necessário que os gestores dos recursos humanos tenham a capacidade de poder rever as injustiças que têm feito.


Existem efectivos que o seu limite de idade e o seu tempo de serviço, já excedeu o suficiente, mais ainda continuam com as categorias de subchefes e agentes. De salientar, que muito destes deram o seu contributo durante a fase de guerra. O mais engraçado, é que existem funcionários com menos tempos de serviço e possuem pouca experiencia de trabalho, estão a ostentar as categorias de oficias subalternos e comissários, simplesmente pelo familiarísmo e bajulação. O Sr. Froz e o seu elenco de gestores de recursos humanos, a nível dos órgãos centrais e provinciais, não têm feito um bom trabalho nestes aspectos, preocupam-se mais em ascender os seus parentes, deixando de lado aqueles que já estão a bastante tempo.


Um outro problema nas progressões, está as situações amorosas que muitos dirigentes têm tido com as funcionárias, e como todo mundo quer estar bem e ser visto que está bem, as funcionarias vão aceitando aos caprichos amorosos, para poder valer-se e mostrar aos demais que podem, e dessa forma vão obtendo vantagens. Actualmente constatou-se que, efectivas com apenas quatro anos de serviço, ascenderam as patentes de subinspectores e até mesmo inspectores.

Com relação a estes aspectos, surge então a seguinte pergunta:


Quem é o chefe, aquele que tem mais tempo de serviço mas patente baixa ou aquele que possui menos tempos de serviço mas com patente alta?

Razão pela qual diz-se que, adiantar nem sempre significa chegar primeiro.

 A reforma dos efectivos


Desde que se evidenciou o processo de reforma dos efectivos, temos vistos funcionários a serem aposentados injustamente. A injustiça baseia-se nas patentes baixais, patentes que não coincidem com o tempo de serviço.


Os funcionários que deveriam ser reformados não estão a ser, concretamente os comissários e subcomissários, muito destes camaradas já estão com excesso de tempo de serviço e idade, e por conseguinte com boa categoria para irem a reforma, não conseguimos perceber porque estes não estão a ser reformados. As reformas deveriam começar aos funcionários com maior patente, e não aos que têm pouca patente. Se um agente ou subchefe vai a reforma, o que faz um comissário no activo?


Isto nos faz acreditar na seguinte frase”vocês nunca chegaram à está patente”, porque os que deveriam progredir para atingir a patente de comissários estão a ser enviados à reforma, na forma clara “O pai continua a enterrar os seus filhos e nunca o filho herdeira a patente do pai”.


Quais os efectivos chegaram as categorias de oficias superiores e comissários, sem dependerem do familiarísmo, bajulação e favoritismos?


Hoje falasse em vacatura, como haverá vaga se os efectivos das categorias de oficias superiores e comissários continuam no activo? Se é para continuar obter subsídios dos mais antigos, estes podem continuar a dar os seus contributos mesmo na reforma. Os problemas desta Instituição não são visíveis aos olhos nus, é necessária uma lupa para se detectar.


 Formação académica e sua Valorização


Nos últimos dias temos visto que a formação académica não serve de nada dentro deste aparato, principalmente quando se ostenta a categoria de suboficias e agentes. A valorização não se assenta simplesmente na progressão, mas também no tipo de actividade a ser desenvolvida. Hoje temos vistos funcionários licenciados, mestres e até doutores a realizarem actividade que não coincide com o perfil académico, principalmente nos casos em que o superior hierárquico não possui tal nível. Para que se ponha justiça nos erros de progressão, este órgão deveria procurar encontrar um denominador de categoria que se adequa aos níveis académicos. Se o nível de engresso exigido é a 9a classe e logo o cidadão ocupa a categoria de Agente de 3a classe, é necessário saber que no momento do ingresso entrará indivíduos com o nível médio e licenciatura.

Após os cinco anos de serviço e chegando a fase de progressão, o que entrou com a 9a classe e não procurou dar seguimento dos estudos, deverá progredir simplesmente na classe de agente de 2 ou 1o. Em quanto o técnico médio que também não deu sequência aos estudos devera ocupar a classe de 3o ou 2 subchefe, caso tenha dado seguimento e atingir o nível de licenciado ocupa o de 1o subchefe ou sub-inspector. Aquele que ingressa como licenciado devera ocupar a classe de Inspector ou Inspector chefe, após cumprir os 5 anos de serviço na categoria de Agente de 3a Cl.

De formas a tornar as coisas mais simples, no que diz respeito a progressão por tempo de serviço ou nível académico, o Ministério deveria procurar enquadrar as categorias por nível académico seguindo a tabela exemplo.



Com base a tabela acima, para o técnico médio atingir a classe de oficias, deverá passar por um concurso interno caso o número de vaga for insuficiente, o que não permitira que todos transitam.


Para sair da classe de oficias e atingir a classe de oficias superiores, é obrigatoriamente o concurso interno, mesmo que as vagas sejam suficientes para transitar todos. Para está classe e a de oficias comissários, só transitam aqueles que forem apurados no concurso interno. Desta forma permitirá mais engajamento ao trabalho, visto que os conhecimentos académicos e profissionais serão valorizados. Hoje estão a ser valorizados os funcionários que possuem menos capacidades académicas e profissionais.


Se um cidadão ingressar com 18 anos de idade e seguindo a progressão conforme a tabela, este individuo chegara a comissário chefe com 60 anos de idade.

Não baste ter nível académico é necessário possuir atributos que sustentam o nível.


Actualmente está valorização não ocorre, porque muitos chefes hoje têm menos nível académico, e outros pouco conhecimento em matéria de gestão e liderança, lideram e gerem os órgãos simplesmente baseado na patente. Como é possível um chefe ordenar a elaboração de um documento, utilizando o computador, se o mesmo chefe não sabe usar o computador? A Liderança e gestão não é só ter patente nos ombros, mais é necessário saber as coisas para melhor liderar e dirigir.


Conforme as coisas funcionam neste órgão, não adianta alguém perder tempo e dinheiro na formação, há não ser, que seja parente de alguém da elite. Actualmente existe muitos licenciados, embora que nem todos merecem este título, mas são, simplesmente por frequentarem o ensino superior, e mesmo assim devem ser promovidos.


Por outra, este órgão deveria ter em conta as formações dos indivíduos a serem recrutados, se formos a fazer uma análise, perceberemos que a maior parte dos funcionários deste órgão possuem formação voltada para a Educação, o que quer dizer, estes seriam professores. Sem deixar de lado, os funcionários devem efectuar actividades ou serem colocados em áreas de acordo a formação, de formas a permitir o exercício das actividades de acordo com o que se adquiriu na escola.


Os decretos presidências estão a ser feitos simplesmente para gastar papel e tinteiros, porque a sua aplicação não acontece. O único que tem sido utilizado é o que diz respeito aos processos disciplinares, os chefes preocupam-se mais em sancionar os funcionários, do que aumentarem as patentes.


Mais qualidade aos Gestores Públicos.


Os problemas estão dentro das instituições. A corrupção não é só económica, mas também administrativa, principalmente quando se fala em justiça laboral (progressão, nomeações e estímulos).


* Trabalhadores