Luanda - Religiosamente, desde o primeiro domingo deste Ano que, tenho subtraído uns minutos do precioso tempo dos meus amigos(as), para dar conhecimento de Reflexões, q tenho feito sobre vários temas da n/ vida quotidiana. A idade e o conhecimento tecnico-profissional e social que possuo sobre a vida real, me dão motivação, coragem e alguma idoneidade para o fazer. Escrevo a partir da cidade capital da província do Huambo- cidade onde vivi com meus pais e irmão, parte da minha mocidade antes da independência de Angola. O Tema desse domingo é sobre os Cargos públicos, providos por nomeação. O PR República enquanto Chefe do Executivo, tem legalidade e legitimidade para nomear quem Ele quiser e no Cargo que Ele quiser. Mas é obvio que as nomeações para cargos públicos têm de ser feitas, ponderando as competências técnico-profissionais e até morais de cada um, para além de , no caso dos cargos ministeriais e de governação provincial, da confiança política ( militantes ou simpatizantes ou amigos do Partido).

Fonte: Crônica/Radio

As nomeações para cargos públicos, tem de ser feita por tempo determinado ( mandato ), e depois vem a rotação de pessoas, para outros Cargos, ou a repetição do mesmo mandato por mais alguns anos . E para isso, o desempenho positivo no anterior mandato, avaliado com honestidade e rigor, deve ser " condição sine qua non" . Há 2 problemas em Angola, neste domínio, que têm provocado muita indignação e às vezes até revolta e humilhação. Um deles :- É a a chamada " dança das cadeiras". São sempre maioritariamente as mesmas pessoas a serem privilegiadas com os altos e melhores cargos públicos deste nosso País. Há alguns angolanos tão " iluminados pela sorte " ... que há mais de 20 anos ocupam altos cargos. Sempre os mesmos ! Já foram tudo ( Governadores, Ministros, embaixadores , PCA etc...).


É Impressionante! Como é possível isso acontecer num País que nunca parou de formar novos Quadros no País e estrangeiro ? Que elitismo maçonico é esse... que estamos a criar em Angola ? Que vantagem acrescida, que sucesso isso trará para um País , cujo PR está empenhado em combater a Corrupção e a impunidade ? Mas o pior, são as exonerações feitas quase sempre sem aviso prévio, por conveniência arbitrária e arrogante de serviço. Sem avaliação sincera e honesta do desempenho dos membros dos Conselhos de Administração nomeados. Não se lhes define na altura da nomeação, um prazo. E , sem mais nem menos, são exonerados, às vezes durante as férias ou em missão de serviço no interior ou exterior do País.

 

Não é assim, que se deve tratar o já excesso capital humano deste País . O País não ganha nada com práticas prepotentes deste tipo ... que apenas geram hostilização e desmotivação e perda de respeito e consideração ao Executivo e ao PR. e consequentemente desgaste da boa imagem e autoridade. Assinem-se Contratos -Programa com os Conselhos de Administração das empresas públicas, no dia em que forem nomeados. Defina-se claramente, as metas a atingir e mais valias a criar, durante os seus mandatos. Interromper os seus mandatos, não é correcto nem me parece legal.


Assemelha- se mais com arbitrariedade, prepotência, amiguismo e humilhação dos Quadros exonerados de forma autoritária !

Os países só evoluem rapidamente, com uma classe média e intelectual, devidamente profissionalizada, respeitada e motivada pelos seus líderes e pelo seu povo ! Neste novo Regime Presidencial, precisamos corrigir também este Mal...com coragem e mais patriotismo. Apostar Sempre nos mesmos, que até já estão Ricos ... assim não dá ! O que irão Eles fazer, substantivamente melhor, do que os que têm sido arbitrariamente, exonerados ou os que nunca lhes darem essa oportunidade ? Corrigir o que está mal ... e melhorar o que está bem deve ser o Focus principal ... nesta nova Era governativa pautada por reformas.

Precisamos de mais mudanças qualitativas, principalmente nos comportamentos e adotar estilos e métodos de boa governação neste Pais, que é de todos nós, seus autênticos filhos e filhas.

Abraço FH (no planalto central de Angola / Huambo, onde vim em serviço)

 

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