Lisboa - Nesta observação, estou na mesma página que Luaty Beirão: Em regra os angolanos das gerações da casa dos 50 para abaixo são mais tolerantes, convivem melhor com as críticas e alguns sabem aceitar e respeitar diferenças ideológicas e divergências de opinião. É a geração da democracia africana que quer vê-la consolidada e a ser vivida de facto.

Fonte: facebook

Há excepções para o lado positivo nas gerações dos mais velhos, mas são poucas e claro está, que também há excepções para o lado negativo por parte de alguns quadros jovens que se comportam como “soldados de uma ditadura”, tudo devido à busca de um lugar ao sol, ou na luta para manter o “tacho” adquirido junto de alguns mais velhos que preservaram a cultura totalitária do tempo partido único (desde 1975) e que ainda são quem manda em Angola e nalguns países africanos.


Creio que África deve reflectir sobre a necessária transição geracional na política, assim como sucedeu na América do Sul e na Europa, onde a maioria dos políticos são quadros abaixo dos 60 anos de idade, sendo a maioria dos nestes continentes políticos jovens e quadros abaixo dos 60 anos de Idade.


Na minha modesta opinião, seria sensato as minorias demográficas (cidadãos acima dos 60 anos de idade) serem também minoria nos cargos de liderança política e corporativa, ocupando menos de 30% do espaço nos lugares cimeiros e a todos os níveis nas empresas e no Estado e não serem a maioria dos que ocupam os cargos em órgãos de decisão, como verificamos hoje.


A experiência é um posto e a excelência não tem idade. Estas seriam as excepções bem-vindas e aplaudidas por todos. Aos demais deveriam ser dadas oportunidades no sentido de se poderem reformar condignamente e deixar os lugares aos mais novos em idade activa com famílias para criar e sem emprego ou oportunidades de ascensão devido à longevidade dos mais velhos em cargos de chefia a todos os níveis.


Está na hora de “fazer a fila andar” e dar lugar a quem merece e precisa, valorizando quem muito fez pelo país e merece reforma com dignidade e gratidão de todos.