Luanda - Durante anos a província de Benguela sempre teve um verdadeiro governo sombra, ou seja, um núcleo duro enraizado no comité provincial do MPLA com ramificações em Luanda.

Fonte: Club-k.net

Esta “associação de malfeitores” selecionava a dedo os gestores públicos em todos os níveis (administradores, directores províncias e outros) na maioria pessoas vulneráveis aos seus interesses do bolso. Portanto criou-se um círculo vicioso.


No entanto, o actual governador de Benguela, Rui Falcão Pinto de Andrade gaba-se que está a combater esta máfia (o que pode ser verdade), simplesmente por ter implementado o rigor e a disciplina na gestão da coisa pública. Pois afirma que cortou bruscamente todas as fontes ilícitas do cofre do Estado.


Ora, o Orçamento Geral do Estado para a província de Benguela revisto é 98 mil milhões, 119 milhões, 104 mil e 760, apenas 3% é para o programa de investimentos públicos.


É neste capítulo que o governo sombra devorava impiedosamente sem falarmos do lixo e outras “malabarices”. Então, há muito que está declarada guerra aberta entre governador e “os donos de Benguela”.


Entretanto, o maior erro crasso de Rui Falcão, e fazendo fé nas suas declarações que a província era casa da mãe Joana não ter levado os verdadeiros malfeitores à cadeia ou ao repatriamento de capitais. E mais, ter na sua equipa antigos e fidedignos membros do governo sombra.


Por isso esta classe está tirar dividendos disso, unindo-se e juntando-se aos inocentes para a defesa das supostas causas nobres (podem ser judas).


Logo há três cenários: ou o governador denuncia aos órgãos competente todas infractores que prejudicaram o Estado ou continuará em conflito com a classe no discurso político e na imprensa ou então tudo isso é para não levarmos a sério.

Assim persiste a dúvida razoável.

Domingos Chipilica Eduardo