Brasil - Fique descansado que a South não esta para se engolida pelas as águas do Oceano, porem depois de ler o livro de Frans Cronj sobre os futuros possíveis da República Sul Africana surge necessidade de pensar quais seriam as consequências para Angola de um colapso económico e político daquele pais.

Fonte: Roboredo.home.blog

Primeiro quais seria as consequências para Angola de um hipotético colapso Sul Africano em 2030?


Os produtos de origem Sul Africana constituíram 6% da importação de Angola, valor total de $637 milhões e distribuídas em Bens Alimentares (31.5%), Máquinas Pesadas (19%), Produtos Químicos e Plásticos (17.7%), Metais (8.6%), minerais (6.9%) e outros. Destes bens alimentares os maiores produtos são álcool ($35.7M), produtos Animais ($35M) e tabaco ($17M) sendo. Tendo em conta o pico de $1.43 Bilhões foi alcançado em 2013, dos quais 26.7% foram bens alimentares, tem uma ideia da contribuição Sul Africana a Angola antes da crise. Que os outros fornecedores de Angola tem capacidade de compensar a ausência das mercadorias Sul Africanas, por exemplo com comida vinda do Brasil e da Argentina e bens industrias vindos da China e da Ásia, porem seriam mais caros por causa dos custos de transportes, pois se um barco necessita de 7 dias para transitar de Cape Town para Luanda, são 30 e 15 dias para a China e Portugal, sem contar com o facto que África do Sul tem a opção de transportar as mercadorias por camiões.

 

Em 2017 a África do Sul representou 4.4% das exportações totais Angolanas e 75% das exportações em África, no valor total de $1.34B e que são construídas petróleo Bruto e que foram de $2B em 2013. Na ausência da África do Sul não existe Pais Africano que tenha uma população com um poder de compra suficiente para comprar este crude, sendo que ao menos que haja uma melhoria especular da situação económica da RDC pois terá uma população de 120 Milhões em 2030, este crude terá de ser vendido em outros continentes por margens menores por causa dos custos de transporte mais elevados.

 

Apesar de que a África do Sul representa menos de 10% das importações e exportações angolanas, e algumas pessoas poderiam as dispensar como “substituíveis”, temos de ter em conta que em 2030 a população Angolana vai passar de 30M para 45M e assim as necessidades orçamentais do Governo e de consumo da população poderiam aumentar em de 1/3 se o nível de vida e de gastos de 2019 forem mantidos. Caso se confirma a previsão da queda de 36% [1] da produção petrolífera Angolana em 2023 pode insuficiência de receitas, e devera ter ou um aumento de produção ou do preços para cobrir o deficit. Mesmo que o futuro seja imprevisível , o facto que a China recusou de conceder um empréstimo de $10B a quando da vista oficial do Presidente João Lourenço a aquele pais mostra que existe o risco que as receitas petrolíferas estejam aquém das necessidades do pais a médio prazo, 10 a 20 anos.

 

Alem das relações comercias a África do Sul também tem a função de um “pedaço de Primeiro Mundo” perto de Angola, permitindo a muitos acessos a Saúde com qualidade Europeia, como se viu no caso de notáveis como Fernando Miala, Ben Ben e Abel Chivukuvuku, e educação de melhor qualidade como se vê pelo numero de Angolanos inscritos em Universidades e escolas naquele Pais. Mesmo que a Namíbia tenha uma capacidade técnica similar a África do Sul o tamanho de sua não consegue absorver as necessidades de Saúde e educação Angolana, como se viu na crise das rendas de casas causada pelo número de estudantes Angolanos em Windhoek.

 

Quais são as chances de um colapso Sul Africano em 2030?

 

Segundo Frans Cronj, em seu livro “A time traveller guide to South Africa in 2030”, a continuada maioria absoluta combinada dos partidos a favor da Expropriação de Terras e de outras Políticas de Esquerda, ANC e EFF, e a deterioração da situação de segurança publica e contra a máquina Agrícola e Económica da Africa do Sul pode levar a deterioração da situação económica do Pais similar a Venezuela ou Zimbabwe a curto prazo, e uma situação similar a Jugoslava a médio prazo com uma divisão do Pais.. As tendências negativas sendo as seguintes:

1300 camiões destruídos em assaltos nas estradas que e resultaram na morte de 200 camionistas desde Marco 2018

Ataques a fazendas: 342 em 2017, 433 em 2018, e que resultou na morte de 74 e 54 fazendeiros respetivamente.


Protestos diários em vários pontos do Pais em que edifícios públicos são queimados, como por exemplo na universidade de North West em 2016.


E queda da produção mineira por causa dos custos altos de Produção e dos constantes conflitos Sindicais com que aconteceu em Marikana, por exemplo o Ghana se tornou no primeiro produtor de ouro de África diante da África do Sul em 2019, este sendo o facto decisivo porque representa 64% da exportação do Pais.


Queda de 3% do PIB sul Africano e a liquidação recorde de empresas em 2018 e 2019 apontam para uma redução uma queda do nível de vida.


Em 2030, o aumento da População Sul Africana para 60M ira tornar todos os problemas daquele pais cada vez mais complexos.

Claro que o Governo do ANC este empenhado para melhorar as condições de vida das populações, porem para Angola existe uma necessidade fazer planos de contingência no caso de uma redução de capacidade ou mesmo colapso Sul Africano, porque Angola se encontraria em uma África Austral sem a capacidade de produção Alimentar Sul Africana, sem o seu único cliente Africano para seu petróleo, sem um vizinho com uma educação e serviço de Saúde avançado, e sem a capacidade Industrial que pode ser alcançada de camião. Angola seria reduzida a uma ilha económica ligada por barcos aos outros continentes.

 

Não se sabe se há algo que o Governo Angolano, por meio de suas ligações de amizade com o ANC para mediar a situação das terras ou por meio de assistência técnica para a policia para reduzir os ataques contra as fazendas e camiões, pode fazer para influir na situação porem seria muito mais fácil do que tentar cumprir promessas eleitorais em 2035.

Roboredo Garcia