Luanda - Não sabemos o que somos neste País, se somos jovens escravos, se somos estrangeiros, ou se a nossa terra Angola, foi vendida para outros povos também estrangeiros, o que sabemos é que nós angolanos não valemos coisa alguma, mesmo estando na nossa própria terra, somos pisados feitos moscas, somos humilhados feitos cães, somos desprezados, somos feitos tudo mais alguma coisa.

Fonte: Club-k.net

O povo angolano é tratado feito cães sem dono. O drama vivido na feira para o acesso à empregos incógnitas é um exemplo claro do menosprezo dado pelo Governo angolano à juventude angolana. Os jovens angolanos sofrem com falta excessiva de emprego, de dinheiro, de educação com qualidade, de saúde, de qualidade de vida, de laser, de harmonia, de roupa, de alimentação, de habitação, de luz, de água, etc… etc… Além de mais, parece agora que, o desejo de ter um primeiro emprego como direito do cidadão, transformou – se num filme de terror. Um verdadeiro drama, foi o que viu – se no Centro de Conferência de Belas, no bairro do Futungo, houve mortes, variados desmaios, e inúmeras situações trágicas que vitimaram os jovens que acorriam para uma vaga de emprego, num País que por sinal é o mais rico de África Austral, o jovem ficou privado de tudo, até de ter um emprego que é direito dele como cidadão, o Estado tem o dever de criar postos de trabalhos para os cidadão, é por isso que tal Estado existe, se não fosse, não haveria necessidade de existir Estado.


Há tantas coisas que os jovens angolanos hoje padecem. Os jovens estão ali cheios de problemas reais: falta excessiva de empregos, doenças, fome, miséria, pobreza extrema, solidão, educação, saneamento básico do meio, etc… etc… Se formos capazes de saltar por cima das questões tribais e regionais de Angola, dos nossos totens e tabus particularistas e vontade regional de domínio sobre povos irmãos, poderemos ser mais fortes, os termos pejorativos de cisão tribal passados pelos nossos antepassados devem ser enterrados, devemos nos unir, para que juntos consigamos dar direcção ao País, o País é nosso, as riquezas que nele se encontram também são nossas, desde logo, é obrigação do Governo angolano criar condições de acesso ao primeiro emprego, como um direito constitucional, e não como um favor que deve ser realizado à juventude angolana.


O governo angolano deve a realidade que o País vive, o caminho que pisa o País, deve encontrar soluções às diversas situações que afligem a juventude angolana, caso seja incapaz de o fazer, o Estado angolano estará a cair numa ditadura totalitária.


Mas antes que os nossos próprios Direitos sejam capazes de albitrar as nossas querelas, saibamos delas fazer detecção precoce e eliminação, num pensamento superior. O que se eleva conflui, dizia Teilhard de Chardin. É nosso direito como cidadãos angolanos o acesso ao primeiro emprego, sem humilhação, e sem mortes ou desmaios aos excessos. O que terá acontecido no centro de convecção de Belas, no bairro Futungo de Belas é mais um filme de terror do que o acesso real ao primeiro emprego por parte dos jovens angolanos.

BEM – HAJA!