Luanda - A historiadora e ex-ministra da Cultura, entre 2008 e 2016, Rosa Cruz e Silva, disse ao Jornal de Angola que nunca recebeu qualquer notificação do Tribunal de Contas, relativa a um processo de auditoria.

Fonte: JA

Rosa Cruz e Silva garante nunca ter sido notificada

Na edição de sexta-feira e sábado, o Tribunal de Contas publicou um edital no Jornal de Angola, por meio do qual solicita a presença da ex-ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, do ex-secretário de Estado da Cultura, Cornélio Calei, do ex-director do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística e da ex-secretária-geral do Ministério da Cultura, Luiz António Mata Júnior e Luzia João, respectivamente.


O documento referia ainda que “os demandados abaixo indicados” já terão sido notificados mas não manifestaram “qualquer reacção”.

 

Rosa Cruz e Silva desmente esta diligência do tribunal e garante que está disponível para publicar o teor do relatório administrativo objecto de auditoria. O documento diz respeito às actividades gerais do Ministério da Cultura durante o ano de 2016. “Não recebi qualquer notificação do Tribunal de Contas”, disse a ex-ministra da Cultira.



“Confirmo a recepção do relatório administrativo, que me foi enviado pelo próprio Ministério-através de um funcionário - e sem qualquer outra informação adicional”, explicou Rosa Cruz e Silva.

 

A antiga governante disse também que o edital do Tribunal de Contas é “uma brincadeira”. “Considero a hipótese de pedir autorização ao tribunal para divulgar publicamente o relatório”, frisou. Rosa Cruz e Silva alegou que foi objecto de auditorias ao longo de todo o seu mandato enquanto ministra da Cultura. E que o relatório administrativo em causa já terá sido aprovado pelo próprio Tribunal de Contas e pela Inspecção-Geral da Administração do Estado.

 

“Devemos ainda ter em conta que não terminei o ano de 2016 naquele cargo”, lembrou a ex-ministra.