Luanda - O presidente da Federação Angolana de Basquetebol, Hélder Martins da Cruz "Maneda", informou domingo, em Luanda, que a FIBA pediu explicações sobre o vídeo colocado nas redes sociais, pelo jogador Yanick Moreira, denunciando situações vividas pela selecção nacional durante o Campeonato do Mundo "China2019".

Fonte: Angop

O líder federativo disse tratar-se de um "comportamento de indisciplina" do poste angolano, cometido no espaço FIBA, daí o pedido de esclarecimento do órgão reitor da modalidade no mundo.

"É um caso que envergonha a todos nós e vamos reunir brevemente porque não deve passar impune", afirmou Maneda no programa "Domingo Desportivo" da Televisão Pública de Angola (TPA).

O atleta, dos mais produtivos do mundial (60 pontos), apenas superado por Carlos Morais (63), destaca na sua publicação a alegada expulsão da comitiva angolana do hotel, bem como momentos de fome a que foram submetidos os campeões africanos.

Apesar de Yanick ter dado a cara, denunciando eventuais dissabores na China, é perceptível no vídeo vozes de outros atletas que corroboravam com as declarações do internacional, que na última época evoluiu no basquetebol italiano.

Recentemente, o capitão da selecção, Carlos Morais, comentou o seguinte no seu instagram: "Seria mais convincente se pudessem dizer o que foi que os jogadores comeram entre 9 e 23h57 minutos e porque motivo os jogadores decidiram comprar a própria comida? interrogou-se o extremo base do Petro de Luanda.

Na sua oitava presença numa fase final de um Campeonato do Mundo, Angola não foi além da 27ª posição, num universo de 32 concorrentes, sendo a pior classificação de todos os tempos no histórico de participações no evento.

Depois das derrotas com a Sérvia (59-105) e Itália (61-92), o conjunto nacional venceu as Filipinas por 84-81, mas voltou a baquear diante da Tunísia por 84-86, tendo falhado o objectivo de qualificação directa aos Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio (Japão).

Assim, Angola tentara garantir presença naquela competição, a ser organizada pelos nipónicos, por via de um torneio pré-olímpico, a disputar-se em data e país ainda por indicar por parte da FIBA.