Nova Iorque - O antigo primeiro-ministro angolano Lopo do Nascimento vai liderar a Missão de Observação Eleitoral da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) às eleições gerais em Moçambique, em outubro, disse à Lusa o secretário executivo da CPLP.

Fonte: Lusa

De acordo com Francisco Ribeiro Telles, o anúncio foi feito por Angola na reunião informal de terça-feira, realizada na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, num encontro à porta fechada organizado pela missão de Cabo Verde, que tem a missão rotativa da comunidade.

 

As eleições em Moçambique, como cerca de 12,9 milhões de eleitores, têm data marcada para 15 de outubro, para a escolha do Presidente da República, dos 250 membros do Parlamento e dos cerca de 790 membros das Assembleias provinciais.

 

Lopo de Nascimento foi primeiro-ministro de Angola entre novembro de 1975 e dezembro de 1978, além de secretário-geral do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder em Angola.

 

As eleições gerais de 15 de outubro vão, pela primeira vez, escolher os governadores das 10 províncias do país, que sairão dos cabeças-de-lista dos partidos concorrentes.

 

A eleição dos governadores provinciais é uma novidade que decorre da aprovação de um novo pacote de descentralização, no âmbito das negociações para o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional de Maputo, assinado no dia 06 deste mês.

 

As próximas eleições gerais serão as sextas no país, desde a introdução da primeira Constituição da República multipartidária, em 1990.

 

O secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) confirmou também que a missão de observação às eleições da Guiné-Bissau, em novembro, vai ser chefiada por uma personalidade moçambicana.

 

Os representantes da diplomacia dos nove países da CPLP reuniram-se na tarde de terça-feira na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, numa reunião fechada, organizada por Cabo Verde, que tem a presidência rotativa da comunidade.

 

Francisco Ribeiro Telles disse à agência Lusa, no final da reunião, que "a situação na Guiné-Bissau exige uma presença mais ativa e empenhada da CPLP" e que do lado do Governo guineense existe a garantia de "apoio logístico à instalação desse representante especial".