Luanda - O empresário angolano e fundador da Rádio Cultura Angolana, Kamba Diamuenho, lançou um projecto que visa tirar crianças e adultos que vagueiam pelos contentores de lixo de Angola.

*Nícea da Paixão
Fonte: Angola notícias de Angola

A possível solução para este problema está nas simples páginas criadas no Facebook, uma com o nome "angolatas" e a outra com o nome "angobidons". O engenheiro e economista disse que, cansado de ver pessoas desfavorecidas, algumas em idade escolar, sempre à volta dos contentores de lixo para recolher resíduos recicláveis, teve a ideia de abrir as duas páginas do Facebook para que, pessoas com consciência, possam a partir das páginas mandar mensagens ou mesmo ligar para o número que lá se encontra, de forma a que estes cidadãos possam fazer a recolha das embalagens nas suas casas. Desta forma, estarão a solidarizar-se com o projecto. www.facebook.com/­­angolatas ;  www.facebook.com/­angobidons 

Ao explicar a ideia, o fundador do projecto sente-se feliz por ter sido já contactado por uma clínica de referência, logo no primeiro dia do lançamento das páginas. A clínica deu ainda o seu apoio moral e parabenizou a iniciativa. Possivelmente será um sítio de recolha de resíduos recicláveis para as pessoas que vivem de latas e garrafas de plástico.

 

"Todos os angolanos que se revirem neste projecto, poderão ajudar as pessoas que rodeiam os contentores do lixo a organizarem as suas vidas. Ou seja, de forma digna, organizada e higiénica, poderão recolher as embalagens em casa das pessoas. Cada pessoa, por sua vez, e de forma consciente, deverá guardar num saco as latas e/ou garrafas de plástico. Após uma quantidade considerável, é só irem às páginas de apoio e mandarem uma mensagem ou mesmo ligarem para o nosso o número que lá se encontra e nós vamos fazer chegar à residência um dos rapazes ou raparigas para fazer a recolha das embalagens. Neste momento já estou a negociar com uma empresa de mudanças que se disponibilizou em apoiar o projecto. De salientar que o país está a passar por momentos difíceis... e como emprego não está fácil, estas pessoas que dependem destes tipos de resíduos sólidos recicláveis para sobreviver, poderão ser cadastradas e posteriormente poderão abrir uma conta bancária para terem um apoio social especial".

 

Ao fazer uma análise a estas pessoas desfavorecidas, Kamba Diamuenho, salienta, ainda, que muitas delas saíram de casa dos seus familiares por diversas razões, e agora dedicam-se a recolha de lixo reciclável, principalmente latas e garrafas de plástico. Após a recolha, levam as embalagens para as fábricas de reciclagem, onde são pesadas e, por cada kilo, é feita a cotação. "Não é fácil para mim ver pessoas a apanharem lixo nos contentores, por isso criei o projecto para dar suporte a um empresário da página "angoimobiliaria" que gostou da ideia de recrutar estas pessoas, e disponibilizou-se em ajudar."

 

O projecto não será implementado apenas em Luanda, mas também nas outras províncias do país.

 

"Analisando do ponto de vista estratégico, é um projecto que poderá dar emprego a 5000 pessoas pois quero estruturar de forma a que cada rua tenha um responsável para estes serviços de recolha. E se possível, criar contentores somente para este efeito, ou seja, contentores especiais onde as pessoas poderão depositar as embalagens."

 

"Neste momento toda e qualquer ajuda será bem-vinda. Quem quiser apoiar com kupapatas ou outro meio de transporte ou mesmo com valores monetários, será bem-vindo. Também quem quiser partilhar o escritório para apoiar este projecto, será uma mais valia. Sinto que pelo menos estou a fazer a minha parte, em ajudar o governo na criação de emprego para estas pessoas. Há em Angola muita coisa para se fazer como alternativa para o desemprego, por isso tenho também outros projectos que vou tentar colocar em prática mais tarde, porque, como já disse, a minha ideia é mesmo ajudar o governo a criar trabalho. Falei com o Etvaldo Lima, P.C.A da Purogosto produções, que também se prontificou em dar um especial apoio e até lhe caíram as lágrimas, porque afinal ele também já tinha pensado nesta alternativa."

 

"Mas somos poucos. Queremos mais. Queremos empresários de boa fé ou mesmo os próprios dos governos provinciais a ajudarem neste projecto. Se nos unirmos, podemos dar uma solução a muita gente que vive deste tipo de actividade. Deixo o meu contacto telefónico para quem quiser falar directamente comigo e quiser ajudar para juntos trabalharmos. Somos angolanos e devemos dar o nosso contributo, trazendo soluções. Faça também a sua parte, ajudando a tirar gente do lixo."

 

Este foi o apelo de Kamba Diamuenho, relembrando que ainda há-de vir muitos projectos em seu nome e todos eles com impacto social, porque sempre desejou fazer parte das soluções sociais de Angola.

 

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