Luanda - O músico Alberto Teta Lando foi distinguido, nesta segunda-feira, a título póstumo, com o prémio Nacional de Cultura e Artes na modalidade da música.

Fonte: Angop

Para o efeito, o júri, que anunciou o facto nesta segunda-feira, em conferência de imprensa, em Luanda, destaca o conjunto da obra e a sua trajectória musical.

Avança ainda que as suas composições tornaram-se clássicos do cancioneiro angolano, interpretadas, gravadas em várias versões e adaptadas à novas correntes musicais diversos ritmos angolanos por artistas nacionais e estrangeiros.

Falecido em Julho de 2008, Alberto Teta Lando deixou um repertório em que se podem destacar "Um assobio meu", "Negra de carapinha negra", "Angolano segue em frente", "Reunir", “Eu vou Voltar”, “Tata Nkento”, “Madrugada”, entre muitos outros.

Além de vários LPs, o artista deixou um legado onde se incluem os discos compactos (CD), "Esperanças Idosas" e Memórias", este último uma colectânea de músicas escritas ao longo dos seus mais de 20 anos de carreira.

Teta Lando nasceu em 1948 em Mbanza Kongo, antiga capital do Reino do Kongo, capital da província do Zaire.

O artista escreveu a sua primeira música em língua nacional Kimbundo, em 1964, intitulada" Kinguibanza", que o impulsionou para o "estrelato" entre 1965/66, altura em que grava o seu primeiro Long Play (LP).

Intérprete e compositor, Teta Lando, que viveu vários anos em Paris (França), de 1978 a 1989, desempenhou as funções de presidente da União Nacional de Artistas e Compositores (UNAC).

O Prémio Nacional de Cultura e Artes é a mais importante distinção do Estado Angolano neste sector, tendo como principal objectivo incentivar a criação artística e cultural, bem como a investigação científica no domínio das ciências humanas e sociais.

É atribuído nas categorias de literatura, artes plásticas, dança, música, teatro, cinema e audiovisuais, investigação em ciências humanas e sociais, festividades culturais populares e jornalismo cultural.

O prémio constitui uma homenagem e incentivo ao génio criador dos angolanos, de modo a perpetuar entre os cidadãos ideias tendentes à compreensão das múltiplas formas da criação artística e diversidade das manifestações linguísticas e culturais do povo e da Nação.