Luanda - O antigo Presidente brasileiro Lula da Silva saiu em liberdade após o Supremo Tribunal Federal brasileiro (STF) ter decidido anular prisões em segunda instância, como era o caso do antigo chefe de Estado, preso desde abril de 2018.

Fonte: Lusa

Lula deixou a prisão pelas 17:40 locais (mais três horas em Lisboa), rodeado por uma multidão que envergava cartazes e faixas com as frases "Lula Livre", "Lula é inocente", tendo sido lançado fogo de artificio.


O antigo Presidente subiu depois a um palco, para fazer o seu primeiro discurso após ser libertado, que foi montado no exterior da sede da Polícia Federal em Cutiriba.


No palco está também Fernando Haddad, que concorreu às eleições presidenciais do ano passado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), e Gleisi Hoffmann, presidente do PT.


Quando Lula da Silva subiu ao palco foi cantado o Hino do Brasil.


A decisão de libertar Lula da Silva foi tomada hoje pelo juiz Danilo Pereira, da 12.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, que aceitou o pedido da defesa do antigo Presidente do Brasil e autorizou a sua saída da sede da Polícia Federal de Curitiba, onde esteve preso durante um ano e sete meses.


Luiz Inácio Lula da Silva, que governou o Brasil entre 2003 e 2010, viu a sua libertação decidida por um juiz em menos de 24 horas após uma decisão do STF, na quinta-feira, ter alterado a jurisprudência e proibir a prisão após condenação em segunda instância dos réus que recorrem para tribunais superiores.


O histórico líder do Partido dos Trabalhadores (PT) foi preso após ter sido condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), num processo sobre a posse de um apartamento, que os procuradores alegam ter-lhe sido dado como suborno em troca de vantagens em contratos com a estatal petrolífera Petrobras pela construtora OAS.


Lula da Silva anunciou que após sair da cadeia pretende participar em grandes viagens pelo país, as famosas "caravanas", para aumentar a sua popularidade e incorporar a oposição ao Presidente do país, Jair Bolsonaro.