Luanda - O antigo chefe dos Serviços de Segurança Militar de Angola, o General António José Maria é acusado de crime de extravio de documentos secretos, mas na verdade, já afloramos em variados artigos de opinião que esses documentos não são secretos, aliás, já foram apresentados em inúmeras actividades do Partido (MPLA), do Estado angolano e até no forum internacional, na África do Sul esses documentos estão expostos em obras de literatura de escritores sul – africanos, no museu de Pretoria da África do Sul, etc, etc, de secreto só tem mesmo o nome, na verdade, são documentos totalmente publicados pelos sul – africanos e que já não constituem nenhum risco nas relações diplomáticas entre Angola e África do Sul.

Fonte: Club-k.net

Falar de justiça no consulado do General João Lourenço passou a ser simplesmente uma forma fácil de doirar discursos. O conceito embora com algum acolhimento consagrado na Carta Magna angolana, não parece ter merecido uma aceitação e além de mais uma aplicação suficientemente sólida, nem no plano administrativo, nem no plano penal, nem muito menos no plano político. A justiça trata-se de um conceito presente no estudo do direito, filosofia, ética, moral, e religião. Suas concepções e aplicações práticas variam de acordo com o contexto social e sua perspectiva interpretativa, sendo comumente alvo de controvérsias entre pensadores e estudiosos. Parece que o maior sonho do Ministério Público angolano liderado pelo General João Lourenço é colocar na cadeia todos quanto fizeram parte da equipe de José Eduardo dos Santos, e, neste âmbito, na qualidade de um táctico em regime de secreta militar “Zé Maria”, embora não se acha nada de realce que o tenha de lançar atrás das grades, é Miala quem manda as regras neste País. Miala obriga ao Ministério Público que dê uma sentença condenatória ao General “Zé Maria” que sempre reservou fidelidade à José Eduardo dos Santos, será pois uma forma de pagar o mal pelo mal. Tudo prova que se o Ministério Público condenar “Zé Maria” à qualquer que seja a pena, estará a provar diante do mundo e de África toda que há uma vingança asquerosa em Angola que parece não estar perto de ter um fim último.

 

No consulado do General João Lourenço quando fala – se em justiça, ou em dignidade da pessoa humana, parece ser um fenómeno bastante revestido de utopia, não existe justiça de facto no consulado de João Lourenço, existe uma justiça maniatada pelo poder político, onde João Lourenço e General Miala (ambos nas pastas de Presidente de facto e Presidente sombra) são os mestres cerimónias que mandam sobre tudo quanto deve ser tomado em termos de decisões no seio dos jurisconsultos. Os órgãos da magistratura em Angola servem apenas para cumprir ordens de Garcia Miala ou de João Lourenço, longe disso, seriam automaticamente suspensos de suas fiéis actividades.

 

Perante a babilonização do Estado Angolano, que deixou de ser polis perdendo assim sua humanidade, mais uma vez João Lourenço ameaça condenar de maneira injusta Zé Maria sob influência de Garcia Miala, o grande mestre cerimónia da marcha dos acontecimentos em Angola. Se um pensa (General Garcia Miala) o outro ordena (General João Lourenço), dois generais decidiram fazer de Angola à seu belo prazer e condenar de maneira injusta qualquer um que estiver na mira de pagar as favas sobre o passado que ambos viveram enquanto servidores do Governo de José Eduardo dos Santos.

 

José Maria é um inédito General, não se ajoelha a nada, não teme o ruído da bala nem das ameaças de Garcia Miala, não se emociona com a prisão de João Lourenço e de seu confrade Miala, nem com as ameaças de morte dos que o odeiam e perseguem. Os grandes são aqueles que não temem a morte dizia Heguel. Tratam – se de uma posição cívica. E é ainda uma atitude de orgulho, honra e dignidade veicular publicamente a ideia de dignidade e de valores práticos e firmes, não se ajoelhar perante ameaças de nenhuma natureza, estar firme como no início até ao fim.

 

Cá se faz, cá se paga, se Lourenço transformou Angola numa trincheira firma da perseguição e vingança, não pode temer que o seu fim será dos mais trágicos e péssimos da história da angolanidade, talvez pior que de Jonas Savimbi que merece alguma dignidade por ter terminado como começou em 1966. Quem planta vento colhe tempestade. Quem persegue os seus próximos, nunca poderá aceitar que quando estiver fora do poder será adulado e consagrado em herói!

 

João Lourenço deve lembrar – se que, não será Presidente eternamente, e que quando estiver longe do poder poderá conhecer as mesmas lições que dirigiu aos seus inimigos da primeira esquina.

 

Bem – Haja!