Luanda - Uma voz activa e que deixa um legado de luta pela liberdade e cidadania é como activistas, colegas e cidadãos se referem ao rapper e activista Carbono Casimiro, falecido na segunda-feira, 18, numa clínica em Luanda.

*Coque Mukuta
Fonte: VOA


Dionísio Gonçalves Casimiro, mais conhecido por Carbono Casimiro, era uma voz bastante crítica contra a governação do antigo Presidente José Eduardo dos Santos.

 

Em 2011, destacou-se quando, com outros colegas, deu forma a um movimento contra a continuidade de Santos no poder, conhecido por “32 é muito”.

 

A 20 de Junho de 2015, Carbono integrou o grupo dos 17 activistas detidos por alegadamente estarem a preparar um golpe de Estado.

 

Eles viriam a ser libertados um ano depois, na sequência de muita pressão nacional e, principlamente, internacional.

 

Para Adão Ramos, activista e amigo do rapper, Carbono Casimiro deixa aos jovens angolanos um legado da luta pela “liberdade e igualidade, para uma sociedade mais justa”.

 

Colega da Carbono no grupo dos 17, Laurinda Gouveia lembra a sua luta pela cidadania e liberdade em Angola.

 

“Ele contribui bastante para a luta da cidadania e não se calou perante as injustiças”, sublinhou Laurinda, enquanto Mbanza Hamza afirmou ser importante se vestir de liberdade para lembrar Carbono.

 

“Para Carbono, enquanto houver injustiça nós devemos lutar”, defendeu.

 

O conhecido jornalista e activista Rafael Marques, Carbono “deve ser um símbolo e inspiração para novas gerações” para que saibam como “jovens como Carbono lutaram pelas liberdades mesmo com a agressão policial”.

 

O anúncio da sua morte foi feito pelo irmão Joel Júnior, através da sua página de Facebook, sem avançar mais detalhes.

 

Carbono Casimiro completaria 37 anos no próximo dia 25 de Novembro.