Luanda - Devido à quebra de comunicação unilateral, da unidade hoteleira HABH – Hotel e Aldeamento Turístico Belo Horizonte, um consórcio de credores promoveu esta semana em Luanda, diligências para assegurar um arresto de bens da empresa gestora do empreendimento.

Fonte: Club-k.net

Muitos credores tentaram agendar uma sessão de esclarecimento juntamente com as empresas lesadas pela atual gestão do HABH, localizado em Benfica e de propriedade do atual Consultor da Presidência e ex-Ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, mas não tiveram sucesso no agendamento.


A unidade hoteleira e de eventos, é gerida pela sua ex-esposa, Guiomar Neto e pela filha, Lorena Vasconcelos, que, em um curto prazo de 18 meses acumularam um passivo astronómico, por volta dos 800.000.000 Akz. A tentativa de reunir rapidamente, tinha como objetivo indicar os procedimentos a adotar pelas empresas lesadas face aos créditos, vencidos e por vencer, resultantes de serviços prestados a este Hotel. A reunião serviria ainda para prestar informação legal, pois os credores temem que o ativo do HABH seja arrestado nos próximos dias pelo Administração Tributária, pela Segurança Social, pela EPAL, pela ENDE e pelo MAPESS, dada as elevadas dívidas ao Estado.


As administradoras estão incomunicáveis e têm evitado receber os fornecedores, o que já resultou em alguns Processos que já correm no Tribunal Comercial de Luanda. Entre os processos, há um com o SIGMA Group ( pertencente ao ex-Administrador da Sonangol, Manuel Vicente) relativo à serviços de limpeza e de lavandaria. Quando abordadas sobre o assunto, recorrem à arrogância e alegam que a contabilidade está ser analisada e que estudam recorrer às linhas de apoio à tesouraria, disponibilizadas pelos Bancos BFA e BNI, mas há rumores que estas entidades financeiras já bloquearam todas as vias de crédito.


Adicionalmente, e recorrente ao processo de gestão danosa, a situação laboral está desesperadora. Com 2 meses de salários em atraso (outubro e novembro) os colaboradores entraram em desespero e temem pelo pior. Segundo informações, ambas administradoras já tem histórico de falência de outras empresas onde eram gestoras. Também segundo algumas fontes próximas, não se compreende a falta de salários uma vez que o HABH continua a trabalhar, a ter clientes, eventos. Á vista de todos é complicado não ter salários e ver as administradoras sempre a viajar ao exterior, com malas caríssimas, a andarem com jipes topo de gama (Porsche, Volvo, Toyota).


Intimidação


Para controlar a situação, face ao eminente colapso financeiro, que já esteve mesmo em ponto de greve, as Administradoras passaram o mês de novembro a prometer pagar o vencimento de outubro aos fins de semana, mas isso não foi cumprido. Aos colaboradores que cobraram seus vencimentos, tiveram seus postos de  trabalho alterados e começaram a ser perseguidos internamente.