Luanda - O Banco Económico (BE) reagiu hoje à determinação do Banco Nacional de Angola (BNA) para a sua recapitalização, no âmbito do processo de Avaliação da Qualidade dos Activos (AQA) realizado em 2019, garantindo que a sua assembleia geral já aprovou o aumento de capital exigido em Agosto do ano passado.

Fonte: NJ

O BE é um dos bancos apontados pelo BN como estando obrigado a proceder ao aumento de capital, mas a sua administração, através dos serviços de comunicação, sublinham que o BNA, no seguimento do AQA, determina que o banco tem até ao final do primeiro semestre deste ano para cumprir com a exigência do aumento de capital.



"As principais conclusões divulgadas pelo BNA no quadro do exercício de avaliação da qualidade dos activos confirmam que o Banco Económico tem até ao final do primeiro semestre deste ano para realizar integralmente o aumento de capital já aprovado na Assembleia Geral dos accionistas realizada em Agosto passado para assegurar a sustentabilidade do banco a médio e longo prazo", aponta o comunicado do BE.


O BE nota que a recapitalização em questão "vai permitir acomodar os desvios de imparidade identificados no AQA", respondendo assim ao que o BNA escreveu no seu comunicado sobre os resultados da AQA: os bancos devem "avaliar as necessidades de capital adicional e assegurar o cumprimento dos limites prudenciais estabelecidos na regulamentação em vigor até 30 de Junho de 2020".


"Neste sentido, o Banco Económico, em conjunto com os seus accionistas, dará cumprimento às deliberações emitidas pelo BNA no quadro do exercício de avaliação da qualidade dos activos das principais instituições financeiras angolanas", lê-se ainda no documento.


Com a concretização do aumento de capital aprovado, o Banco Económico estará, é ainda afirmado no comunicado, "a corresponder às recomendações do regulador e a assegurar a estabilidade da sua operação e sustentabilidade a médio e longo prazo".


Recorde-se que o BNA, no comunicado emitido no seu site oficial online, sublinhava que o BPC e o BE são responsáveis por cerca de 95% das exigências de recapitalização detectadas na avaliação que incidiu sobre 13 dos 26 bancos nacionais, tendo os dois citados sido instruídos a garantirem as necessidades de capital adicional após o fecho das contas do exercício de 2019 e não ultrapassarem o prazo de 30 de Junho de 2020 para esse efeito.


Em causa estão as carteiras de crédito e o rigor da informação disponibilizada quanto às carteiras de activos e as garantias obtidas contra os empréstimos proporcionados, entre outros requisitos, como as metodologias a que recorreram para os necessários testes de esforço ou seja, da sua capacidade de resistência a imprevistos.