Luanda - O ano de 2019 terminou, e com o advento do novo ano (2020) surge a seguinte questão, como será o ano de 2020? O que trará de novo?

Fonte: Club-k.net

Facto indelevel, é que o ano de 2019, foi um ano duro. Nunca se viveu um aperto económico tal, como o ano transacto. O cinto ficou sem lugar para fazer novos furos.


Durante o ano de 2019 a cesta básica tornou –se que nem um cavalo desgovernado, os preços derraparam, atingiram proporções alarmantes; em alguns produtos os preços conheceram aumentos para além dos 50%.


Registaram –se os aumentos das taxas de luz, água e transportes públicos. A inflação atingiu os 2 (dois) dígitos, fixando –se na casa dos 14.7%, a taxa de juros base (BNA) fixou nos 15% tornando o dinheiro caro para quem pretende investir, nos bancos comerciais a taxa ascende para além dos 20%. O desemprego disparou para os 30%. Não esquecendo, os sucessivos deficits que se encontra imbuida a economia angolana, a quase 4 anos que não cresce.


A dívida pública disparou atingindo níveis nunca antes registado (+90%). Um cocktail (im) perfeito que, infelizmente não é nada saúdavel. O Presidente da República João Lourenço foi peretemptório em reconhecer no seu discurso de fim de ano que “...volvamos a enfrentar e superar situações difícieis, derivadas de uma conjuntura interna e internacional de contornos críticos”.


Contudo, os desafios que temos pela frente para o corrente ano (2020), ainda hercúleos, existem uma série de medidas que serão implementadas este ano, cujo os efeitos não passaram despercebidos, tais como:


 Aumento dos preços dos combustiveis, que acabarão por causar em efeito cascata, a subida dos preços de bens e serviços;


 Actualização das taxas do imposto de rendimento de trabalho;


 Introdução no sistema fiscal Angolano do Imposto de veículos motorizados (IVM);


 Capitalização de bancos públicos, estimando –se que venha custar aos cofres do Estado mais de 2 mil milhões de dólares;

Auguro que o Executivo e a Equipa Económica, consiga preparar um cocktail para aliviar as dores que as novas medidas “antipopulares” possam vir causar não apenas na economia, mais também na vida e no bolso dos angolanos.

Janísio Salomão1

Docente Universitário e Investigador.