Luanda - A Administração do maior Banco Público liderada por André Lopes, decidiu suspender Gilberto Pinho, Pedro Africano da Silva e outros chefes de departamento da direção de tecnológica e informática (DTI) que no passado trabalharam com o ex- director Mário Nsingui.

Fonte: Club-k.net

Desde algum tempo que estes responsáveis tem sido inquiridos por uma equipe técnica competente dentro do Banco, e pesam sobre os mesmos denuncias de varias irregularidades enquanto responsáveis da DTI. Foi pela direção de tecnológica e informática que ocorreram  vários desvios perpetrados por “Insiders” que têm aproveitado a fragilidade e/ou vulnerabilidade do sistema.

 

No passado dois técnicos Carlos Cabaça e José Vladimir Fernandes Silva denunciaram e alertaram sobre tais praticas ao Conselho de Administração então liderada por Alcides Safeca, mas sem sucesso.

 

O funcionário Carlos Cabaça já havia revelado que o "BPC não tem necessidade de despedir funcionários sem justa causa a pretexto de falência técnica ou as instaurações de falsos processos ditos disciplinares. Basta que se trabalhe arduamente no processo de recuperação de crédito e no combate à fraude para em curto espaço de tempo ver-se os resultados.”

 

Há o caso do funcionário Vladimir Silva que sofreu processo disciplinar por escrever à Administração denunciando as fraudes nos financiamentos bem como a perseguição que estava a ser alvo por parte do seu Chefe de Departamento Ivan Maiala, e que por coincidência também é o dono do Grupo Eco Maiala citada recentemente nas listas que vazaram dos grandes devedores do BPC. No e-mail enviado a Safeca, Vladimir Silva pedia uma auditoria externa a todas as Direções do Banco sem excessão pois os esquemas estavam montados em todas as áreas. Somente por isso, o bancário foi sancionado.

 

O que os funcionários agora esperam é que o trabalho de inquérito que culminou com a suspensão destes técnicos não fique só na DTI, mas que se estenda à todas as áreas do Banco com maior realce para a DAI onde existe um esquema de contrapartidas para ocultar crimes/fraudes realizados pelas chefias (Directores, Subdirectores, Chefes de Departamento, Gerentes e Subgerentes, etc).

Vale recordar que a nova administração garantiu à comunicação social que os devedores em incumprimento têm até o dia 28 de Fevereiro para assumirem as suas dividas junto da instituição, findo o prazo o Banco recorrerá à justiça para recuperar o crédito mal parado.

Repercussão sobre o crédito mal parado: o caso Grupo Eco-Maiala

Após o novo conselho de administração do BPC liderado por André Lopes, ter anunciado aos órgãos de comunicação social de que levará todos os clientes devedores em incumprimento ás barras do tribunal, várias têm sido as lamúrias e desabafos entre clientes e funcionários.

Na capital do país muito se tem falado do Grupo Eco-Maiala cujo os donos são por coincidência funcionários do BPC. O Grupo liderado pelo filho Ivan Maiala (Chefe de Departamento de Análise de Crédito) recebeu financiamentos através das várias empresas que atuam no ramo do transporte inter-provincial, Instituto Superior no Zango, Edificadora LDA, etc.

Já ha algum tempo que se tem vindo a denunciar as várias máfias formadas entre “Insiders e Outsiders” que agem com bastante astucia e malícia para defraudarem o normal funcionamento daquela instituição que é de todos os angolanos.

Há conhecimento que uma cliente da mesma instituição identificada apenas como “Peixeira Idalina” tem sido citada em certos meios como a intermediária de vários financiamentos que foram concedidos a clientes que hoje negam terem recebido o total destes financiamentos, tudo porque os mesmo eram obrigados a deixar entre 10 a 30% a certos funcionários para verem as operações de crédito feitas.