Luanda - O novo Presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Manuel Pereira da Silva “Manico” nomeou no passado dia 5 de Março, - em despacho 64/GB.PR/2020 que o Club-K teve acesso - o membro numero  232,  do Comitê Central do MPLA, Israel Bonifácio Sucumula para a função de seu assessor para informação com direito  a regalias  equiparadas  à  um Chefe de Sessão.

Fonte: Club-k.net

 Lei determina que CNE deve ser  um órgão apartidário

Docente de Relações Internacionais da Universidade Lusíada de Angola, Israel Bonifácio Sucumula entrou para o Comité Central no último congresso extraordinário de 2018,  pelas mãos do Secretario para os Assuntos Políticos e Eleitorais, Mário Pinto de Andrade. É também analista político da TV Zimbo e representante do MPLA em vários seminários palestras politica externa, em Luanda.

 

Segundo esclarecimentos, a lei proíbe que membros activos de partidos políticos  façam parte dos órgãos de mando CNE, por ser uma instituição a partidária. A CNE tem os seus  comissários indicados pelos partidos com assento parlamentar mas assim que lhes são conferidos posse, estes deixam de ter funções partidárias nas suas congregações.

 

Um comissário indicado pelo MPLA, Camaty, não tem funções partidárias no partido no poder  porém, é o responsável  da CNE que faz as pontes entre o novo Presidente  Manuel Pereira da Silva “Manico” e o Gabinete de Mario Pinto Andrade, onde é visto com frequência. 

 

De lembrar que Mário Pinto de Andrade é o alto dirigente do MPLA que actuou como entusiasta na promoção de Manuel Pereira da Silva, seu compadre,  para a Presidência da CNE. Nas primeiras remodelações que “Manico” realizou na CNE, “Manico” promoveu um funcionário Afonso Fortunato Dias Paim, para o cargo de diretor de telecomunicação de informação e estatísticas. Afonso Paim é identificado como sobrinho do Secretario dos assuntos políticos do MPLA, Mario Pinto de Andrade.

 

Há uns anos,  o deputado da CASA-CE, Manuel Fernandes reclamou em entrevista a VOA que a "CNE está muito partidarizada" e a sociedade civil está praticamente excluída, uma situação que na sua perspectiva poderá alimentar um clima de suspeição.

 

"Sempre defendemos que a Comissão Nacional Eleitoral devia ser apartidária, portanto não devia ser composta por figuras oriundas de partidos políticos. O figurino da CNE não é independente, portanto não é esta CNE que esperávamos. Há várias figuras relevantes dentro da sociedade civil e que poderiam integrar a CNE, onde certamente desempenhariam um papel isento e desapaixonante do ponto de vista político, contribuindo assim mais positivamente para os anseios do povo angolano"- referiu.

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