Luanda - Estão lembrados de que: “os direitos humanos não enchem a barriga”, “a democracia nos foi imposta”, “eu também sou jogador”, “há correntes que defendem eleições indirectas”, “nós defendemos eleições atípicas”, ao ponto de se dizer mesmo, que: (o MPLA, é JES e JES é o MPLA), e ninguém dizer nada? Hoje digo mais, meus caros: “aqui, só eu, e mais ninguém”.


Fonte: Club-k


O partido que suporta o governo em Angola está em Congresso desde a primeira segunda-feira de Dezembro de 2009, com claras expectativas para grandes conquistas democráticas dizem uns e para regressos democráticos, apontam outros.
Serão regressões pelo facto de:

1.      Um ÚNICO Candidato;
2.      Votos de Mãos Ao Ar;
3.      Sem Observadores Externos;
4.      Sem Comissão Eleitoral Independente.


Um Único Candidato – sabe-se que o actual presidente do Partido José Eduardo dos Santos é o coordenador da subcomissão de Candidaturas daquele partido, que eliminou desta forma a pretensão de outras tendências em se candidatarem a este Congresso;
Votos de Mãos Ao Ar - como nos quartéis militares para impor o medo aos soldados, o MPLA regride e regredirá caso leve como sempre fez um voto em que o militante de todos os órgãos e organismos levantasse as mãos para a votação de uma decisão. Como se constatou nas conferência de bases e Provinciais.


Na verdade, pelo medo que se impõe aos quadros daquele partido, em perderem os cargos e não serem nomeados a outras fontes de riquezas do povo angolano, obrigados a especializarem-se em “bate palmas”, o MPLA eliminará aquilo que chama de democracia pluralista.


O MPLA sabe bem que a liberdade é um elemento indispensável à preservação da autonomia pessoal de cada cidadão no respeito pelos direitos dos demais.


A expectativa das conquistas democráticas será o cumprimento destas quatro alinhas como uma Comissão Eleitoral Independente, com observadores externos, votos secretos e até mesmo diversos candidatos. 
O, já considerado: “Formalismo Democrático” é esperado também, por algumas classes bem conhecidas para uma análise e resolução de algumas lacunas internas que perfazem a conhecida crise de valores do MPLA. Esperado é também o cumprimento escrupuloso dos seus Estatutos.


Uma das grandes violações é a do artigo 5º dos seus estatutos, que diz que: (o MPLA tem igualmente por finalidade participar democraticamente na vida política do país concorrendo em liberdade e igualdade de circunstancias com as demais forças políticas, para a formação e expressão da vontade política do povo angolano).
Os Doutores, os Mestres, Oficiais, Académicos e Técnicos ditos Quadros do MPLA, pelo número elevado que têm será que mais ninguém tem vocação de liderança?


Afinal como é que dirigem as Forças Armadas, a Polícia, os Estudantes os Doutores, os Mestres, os Técnicos, os Líderes Naturais? Se não têm vocação de liderança podem ser acusados de mentores da desorganização desta Nação? Porquê só um Candidato? Foram cuspidos a subordinados?


Vamos acompanhando milimetricamente os discursos, mas sei que nada de novo news trarão. Ainda assim estaremos juntos. Digo mais o VI Congresso é apenas um autêntico Clube de Amigos e que além de perpetuar figuras e cultura de chefes pouco trará de novo.