Lisboa - A jornalista e responsável da delegação da TPA-Namibe, Carla Miguel, foi fisicamente agredida esta quinta-feira (9), por um escolta do governador Archer Mangueira, identificado por “Bruno”. O incidente levou o Sindicado dos Jornalistas local, liderado por Armando Chicoca, a realizar uma reunião de emergência que ocorreu na tarde desta sexta-feira para apresentar a sua posição.

Fonte: Club-k.net

De acordo com uma resolução do Sindicado dos Jornalistas, a agressão aconteceu depois da jornalista Carla Miguel ter sido impedida de realizar a cobertura do acto de despedimento do governador provincial a um grupo de turistas sul-africanos e namibianos que se encontravam confinados no campo de campismo, no âmbito do decreto presidencial sobre o estado de emergência. Carla Miguel foi agredido por “Bruno” quando preparava se para posicionar o equipamento de trabalho para ganhar melhor ângulo do acto em causa.

 

“Se não houvesse a intervenção de directora do Namibe da comunicação social, Neusa Bengany, a jornalista Carla Miguel provavelmente ficaria com os braços quebrados”, denunciou uma fonte ao Club-K.

 

Segundo o Sindicato de Jornalistas, depois de 24 horas, o governador Archer Mangueira telefonou para a jornalista agredida para apresentar o seu pedido de desculpa, tendo justificado que não apercebeu de nenhum eventual excesso. Mangueira pediu a jornalista da TPA-Namibe e a classe a prosseguir o empenho e dedicação ao trabalho como sempre o têm feito. O escolta Bruno, fez a mesma coisa, telefonando para a jornalista Carla Miguel pedindo igualmente desculpas.

 

O Sindicato de Jornalistas faz lembrar que esta não é a primeira vez que o escolta do governador Archer Mangueira age de forma bruta desde que chegou ao Namibe. Já no passado mês de Março, três jornalistas ao serviço da TPA foram também insultados e destratados com nomes de pendor racista (como macacos) por um senhor de pele branca de nome Ricardo de Almeida durante a prova de Carting das festas do Mar.