Berlim - Parto do princípio de que, nenhum cidadão minimamente consciente do significado de democracia e de republica se conforma,com o facto de ter havido neste "congresso " tantos políticos inescrupulosos,defendendo interesses ocultos "em nome do povo ".Habituado a me confrontar quase 30 anos,vivendo num país verdadeiramente democrático,algo me diz;portanto que,não é justo que pessoas sobre as quais pairam sérias dúvidas quanto a sua honestidade,possam se candidatar, recandidatar,eleita ou reeleita,para o cargo político.


Fonte: Club-k.net/Fernando Vumby

 

ImageEsse" feeling " se intensifica ainda mais, quando a " suspeita " é de desvio de verbas públicas que,no final das contas,irá servir justamente para financiar a campanha dos ladrões qualquer dia. Agora quem é sensato,que me diga quantos ,ladrões estavam entre os eleitos e presentes ao "congresso" e os que tiveram direito ao voto ? Como a hipocrisia mais uma vez venceu,digamos que são todos honestos e santinhos.Em Angola é diferente. Situaçâo igualmente indignante é de políticos que são bem conhecidos como ladrões da pior espécie.Mas não adianta ficarmos unicamente denunciando as farsas,como foi esse congresso. Precisamos continuar denunciando,evidenciando o quanto aumentou,os truques para credibilizar,farsas como essa.Os tempos mudaram,e arranjaram-se outras artimanhas.



O Estado; este tem se modernizado,mantendo,porém,sua matriz corrupta, demagogia e pouco séria.O próprio presidente,nunca desmentiu,as acusôes sobre corrupcâo,que pesa sobre seus ombros,faz anos. Mais sempre a subir ,como se diz,estupidamente. Agora compreendo,porque razão em quase todos os filmes sobre,bandidagem,os bandidos escolhem sempre Angola como o país para fuga. Quer dizer,sempre compensa ser bandido em Angola. Quanto mais ladrâo ou assassino a chance aumenta,para um lugar seguro.



Viver numa sociedade não emancipada é um sacrifício muito grande para qualquer ser humano que possui um pequeno indício de racionalidade. A autonomia roubada,rouba-nos o direito de prescindir do pensamento do outro e seguir mediante o pensamento que construímos no percurso da nossa própria existência. Vivemos uma crise na  Angola contemporânea, entre a individualidade e a colectividade, esta insiste em privar o individuo em suas acções e escolhas. A colectividade em suas referências e convenções sociais sempre tem uma forma desumana de inibir a iniciativa individual. Acabou o congresso da farsa,com as novidades.( voto secreto e contagem manobrada)Porque para merecer credibilidade só se, quem contasse nada tivesse haver  ,com as partes envolvidas.Quem contou é pró Eduardo Dos Santos e do mesmo MPLA em congresso. Para um povo habituado ás fraudes ,continua a nâo ser fácil acreditar,principalmente,quando se está diante de raposas matreiras.



Os mecanismos de inibição produzem o sentimento de culpa e de medo que eternizam ainda mais o status de dependência do sujeito. Na ausência de um mínimo de reflexão critica não resta ao manipulado escolher apenas o que lhe foi proposto ou induzido. Assim, a vida vai sendo esticada nessa estranha dialéctica entre opressor e oprimido, entre senhores e escravos e entre corruptos e corruptores. A média, por exemplo, com seus aparatos sensoriais manipula ao máximo o poder de escolha das pessoas, e como os votos tornaram-se mercadoria, lá vai ditando o produto que se deve comprar, sem, na maioria dos casos, a devida necessidade de compra. O que acontece é um processo de sedução do qual o comprador se vê impossibilitado de fazer alguma escolha diferente.Analisem bem este pormenor para melhor entenderem a farsa que foi mais esse congresso,para inglês ver.