Lisboa - Com os trabalhadores da Efacec em lay-off desde 6 de abril, o futuro desta relevante empresa portuguesa, de que a angolana Isabel dos Santos é a maior acionista, continua a marcar passo.

Fonte: Expresso

A viabilização da Efacec, que passará pela criação de uma sociedade veículo liderada pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), aguarda um acordo com os obrigacionistas da empresa, que têm de aceitar abdicar de receber já o valor que investiram. Já foi dado, porém, um passo relevante e imprescindível — Isabel dos Santos, que tem uma posição de mais de 60% na Efacec, via Winterfell, arrestada pela Justiça portuguesa, assinou um memorando com os bancos credores para libertar as suas ações para a sociedade veículo que está a ser criada. A investidora cedeu as ações a custo zero. Não foi, contudo, possível confirmar se a Justiça portuguesa terá, para este fim, levantado já o arresto das ações da investidora angolana.


Mas, sem o ‘sim’ dos obrigacionistas, a operação não pode avançar. Trata-se de um conjunto de investidores institucionais estrangeiros, grande parte deles espanhóis, que tomaram uma dívida de €58 milhões em julho do ano passado. Uma emissão com maturidade de cinco anos e uma taxa de juro de 4,5%.


Estes obrigacionistas têm uma cláusula que lhes permite exigir o pagamento do investimento se a Efacec mudar de mãos, o que irá acontecer se a solução que foi desenhada vingar. Os bancos, com o conforto do Governo, têm estado a tentar convencer estes obrigacionistas de que possuem uma solução para a Efacec.