Luanda - Maldito Covid-19, autêntica faca de dois gumes, dissipas vidas alheias mas por outro lado tens sido uma “benção” enviada pelo cruel destino para mostrar ao mundo como certos povos têm estado a ser governados e em quem na verdade deviam/devem entregar seus destinos. Um pouco por todo mundo tem havido reclamações políticas- administrativas que vão destapando algumas cubas. Para os angolanos quase que não é novidade alguma. Há já muito tempo que deixaram de conjugar o verbo “viver” sem anexar um ingrediente religioso abstrato que é a “fé” mais o prefixo concreto “sobre” passando assim para “sobreviver”, perante as dificuldades que todos os dias lhes são apresentadas com um autor diferente.

Fonte: Club-k.net

É visível que o empresariado nacional privado está refém de um sistema. Se permitissem ao menos os empresários sem cores e sem costas largas partidárias do ramo alimentar trabalhar como deve ser, a esta hora o Estado não estaria a enfrentar as dificuldades económicas básicas que tem estado a enfrentar, tal como a subida vertiginosa de bens alimentares de primeira necessidade. As burocracias para regularização de empresas no ramo supra mencionado têm desencorajado muitas boas intenções. Eu, e assumo Eu, sempre desconfiei de alguns possíveis actos indecorosos no seio da regularização das estradas e pavimentos.


Há verdades e malandrices debaixo deste tapete. Se as estradas estivessem em condições muitas pessoas com cariz empresarial fariam o escoamento de produtos cultivados do interior para a capital e outras zonas do país com muito mais facilidade. Nesta crise pandémica, estaria o Estado a resolver outras questões técnicas. Trabalhar em consonância com o empresariado privado, que não seja político-partidário efectivo, não é mostrar fraqueza.


Com o surgimento do Covid-19 a palavra “reinventar” tem sido a mais conjugada por muitos empresários que não estão ligados ao regime. Os que eficientemente prestavam serviços num ramo de limpeza, por exemplo, estão agora a fazer a comercialização de um produtos longe da sua génesis empresarial somente para, mais uma vez, sobreviver.


Todos os dias, em todo o mundo, há pessoas que acordam desempregadas. E muito por culpa de certos seres vivos que acham que ser político é profissão. Não, não é. É ocupação que devia ser exercida com alguma responsabilidade começando por atirar para o lado a venda preta que usam, não os permitindo vislumbrar com os olhos da carne a realidade lúgubre que assola os (des)governados, o povo no caso. Não mostrando responsabilização na governação pense mesmo em recomeçar a vida fora dos balões de oxigênio político. Mas parece que a ânsia ao poder é maior do que a dignidade e que muitos não sabem fazer mais nada, a não ser “política & politiquices”.


Se discursos alimentassem, o povo poderia até reclamar de qualquer outra coisa menos de fome.