Luanda - Diz o velho adágio que errar é humano, mas insistir no erro é burrice. Isto vem a propósito do que se assiste com a gestão da maior empresa de comunicação social de Angola, a RNA. Depois da manifestação insólita que por um triz levava a paralisação desta empresa, entre os meses de Julho, Agosto e Dezembro de 2019, uma façanha do núcleo do SJA na RNA com o apoio do secretariado nacional do SJA.

Fonte: Club-k.net

Dentre as várias reivindicações, sobressaíram as ligadas aos péssimos salários que auferiam os trabalhadores, às más condições de trabalho, a reforma compulsiva de quadros com qualidade e as incompatibilidades. Obrigados a sentar a mesma mesa com o SJA, o CA, capitaneados pelo PCA Marcos Lopes, e secundado pela jornalista Paula Simons, Fidel da Silva, Cândido Pinto, Círia de Castro, Agnaldo Cahilo e José Fernades, não tiveram outra saída que não fosse a de aceitarem os pontos do caderno reivindicativo. Deste documento foram cumpridos algumas reivindicações e outras mantém-se sem resposta até hoje.

 

No seu périplo de visitas aos órgãos de comunicação social públicos, o então Ministro Nuno Carnaval, em reunião alargada no auditório Rui de Carvalho da RNA, ouviu de viva voz dos directores e dos representantes do sindicato, as atrocidades cometidas pelo CA, que descaracterizaram por completo a RNA, não sendo nem carne nem peixe, com uma grelha de programas que não encontra respaldo nos manuais da comunicação social, no despreparo dos elementos que compõe o CA, vindo de lugares desconhecidos e com uma interrogação – o accionista Estado não vela pelo que se passa na RNA? – Como outsider do sector, o então Ministro Nuno Carnaval, estava a navegar em águas turvas, pois não sabia por onde pegar as pontas deste sector. Não tardou que o chefe do executivo desse conta, e como favor, foi apeado do cargo contentando-se com ser subordinado.


Nomeado a menos de um mês, o Ministro das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, realizou no dia 8 de Maio do ano corrente, uma visita de trabalho à RNA, outra vez, no encontro alargado com os directores, voltou-se a ouvir o grito de clamor destes em nome dos trabalhadores da RNA, de que o CA, colocou a RNA no fundo do poço, que o ambiente de trabalho é áspero, que a hipocrisia reina no seio dos membros do CA, que não há confiança entre o CA e os directores e vice-versa, que não existe nenhuma estratégia em matéria de conteúdos, que não existe estratégia em matéria de formação de quadros e mais aberrante, consideram às rádios provinciais como objectos a parte da sede da Comandante Gika, chegando ao ponto de acusarem os directores províncias de serem gatunos, por gerirem alguma miséria da publicidade local.


Para uma empresa que recebe fundos do Estado que são os impostos pagos pelos angolanos sofridos, não podemos a continuar pactuar com uma gestão que periga inclusive a união do país.


Urge que se façam mudanças para salvar as réstias de esperanças que ainda minguam por um futuro melhor desta grande empresa.