Luanda - A ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, disse esta semana que o Governo está a encontrar muitos constrangimentos para o reinício do ano lectivo 2019, agendado para 13 de Julho. A falta de condições nas escolas é apontado como o principal problema.

Fonte: NJ

"O ano lectivo tem de ser levado com muita seriedade, porque tínhamos essa previsão, e temos, mas estamos a encontrar mais constrangimentos do que facilidade para retomar o ano lectivo no próximo mês. Há problemas de higienização, de água, do distanciamento e sobretudo de educação, que temos de dar às crianças", disse Carolina Cerqueira, em declarações à Televisão Pública de Angola (TPA).

 

Segundo a ministra, a nível do sector social, estão a ser auscultados os encarregados de educação, sindicatos e associações dos pais e dos professores, processo que o Ministério da Educação está a monitorar.

 

De acordo com Carolina Cerqueira, brevemente o Governo vai chegar à conclusão se há ou não condições para o reinício das aulas no dia 13 de julho.

 

"Estamos conscientes que as crianças precisam, mais do que nós, de serem protegidas e de serem acauteladas as suas medidas de segurança. Sabemos das dificuldades que temos de infra-estruturas, de salas de aulas para aumentar a oferta do distanciamento, e estamos a trabalhar no assunto", referiu a ministra, acrescentando que o Governo não vai defraudar a expectativa das famílias.

 

As aulas no ensino superior e II ciclo do ensino secundário podem reiniciar a partir do dia 13 de Julho, enquanto no I ciclo do ensino secundário e primário o reinício prevê-se para 27 de Julho se a situação epidemiológica no País não sofrer grandes alterações, anunciou no dia 25 de Maio o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República.

 

Adão de Almeida, que falava aos jornalistas, no Centro de Imprensa "Aníbal de Melo", sobre as regras para o funcionamento das instituições e o comportamento dos cidadãos, no âmbito da situação de calamidade pública que vigora no País desde o dia 26 de Maio, indicou que no ensino pré-escolar não há previsão para o reinício das aulas, por estarem sujeitas à regulamentação específica.

 

O ministro de Estado sublinhou que o reinício das actividades lectivas deve, entre outras medidas, obedecer ao distanciamento físico nas salas e à entrada, renovação frequente do ar nas salas de aulas e gabinetes de trabalho, bem como garantir a existência de material e de produtos de limpeza e a higienização regular de todas as superfícies e equipamentos escolares.

 

Já o grupo parlamentar da UNITA, no mesmo mês, sugeriu ao Executivo que repensasse na data para o reinício das aulas, indicando o mês de Setembro, a julgar pela capacidade dos serviços de saúde para fazerem face à testagem em massa da covid-19.

 

No País, as aulas foram suspensas em finais de Março devido à ameaça de proliferação do novo coronavírus/covid-19. O decreto presidencial sobre a situação de calamidade pública determina o regresso das aulas oficialmente para 13 de Julho.