Luanda - O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em Angola continua sem pagar milhões de Kwanzas em dívidas contraídas com centenas de empresas de restauração e prestação de serviço durante a preparação das eleições gerais de 2017.


Fonte: VOA

As comissões provinciais eleitorais rubricaram em Julho de há cerca de três anos acordos com várias empresas de restauração que forneceram pequenos almoços e almoços durante a formação de formadores e membros das assembleias de votos para o referido pleito.



Os atrasos na liquidação dos débitos provocou o despedimento de trabalhadores e o encerramento de vários grupos comerciais. Na província deMalanje com 14 municípios, as dívidas da CNE a oito empresas estão avaliadas em 96 milhões e 915 mil kwanzas.


Engrácia Simão do estabelecimento Juapejo Agro-Pecuária clama por mais de cinco milhões e seiscentos mil kwanzas. “Eu já estive em Luanda, marquei audiência com o (anterior) presidente nacional o mesmo não me recebeu”, disse.


“ Eu passei o dia inteiro lá a espera do telefonema através da sua secretária, o mesmo não me recebeu”, lamentou, acrescentando “depois respondeu-me por escrito a dizer que a dívida não está esquecida, o governo reconhece a dívida, mas que eu devia ser contactada”.

“Até à presente data nunca fui contactada”, disse franzindo a cara.



O sócio-gerente da firma Quim Miguel & Filhos diz que aguarda pelo pagamento de mais de três milhões de kwanzas. “Prestamos serviço à CNE no Quela, lá onde fomos chamados a servir com um contrato de 90 dias que podiam efectuar o pagamento”, confirmou, justificando “que a reacção dos trabalhadores é de ter o dinheiro depois de trabalhar, aguardando pelas finanças” “A CPE (Comissão Provincial de Malanje) já lavou as mãos e diz que o caso agora está com [o Ministério] das Finanças que não nos diz nada até hoje”, lamentou.