Lisboa – As autoridades judiciais angolanas  estão a ser referenciadas, em círculos conotados a defesa do caso “USD 500 milhões do BNA” como tendo “protelado” a antiga secretária para os Assuntos Jurídicos da Presidência Antónia Florbela de Jesus Rocha Araújo, e o antigo Chefe da Casa Civil e Ministro de Estado Manuel da Cruz Neto, no processo que decorre no  Tribunal Supremo.

Fonte: Club-k.net

Caso 500 milhões desviados do BNA 

Segundo apurou o Club-K, o entendimento rematado, neste meio é de que Antónia Florbela de Jesus Rocha Araújo deveria ser ouvida ou chamada pelo Ministério Publico, por ser a entidade a quem o antigo Presidente José Eduardo dos Santos (JES) confiou o dossiê para produção de um parecer sobre a criação dos chamados “Fundos de Investimento Estratégico” a favor do Estado Angolano, produzido aos 23 de Setembro de 2017.


Dois meses antes, da produção do documento,  Antónia Florbela de Jesus Rocha Araújo  endereçou ao então Chefe da Casa civil e ministro de Estado Manuel da Cruz Neto, a transcrição de uma alegada acta da reunião entre o Banco Nacional de Angola (BNA) e a empresa Mais Finantial Services, ligada a Jorge Gaudens Pontes Sebastião, o conhecido “testa de ferro” de José Filomeno dos Santos.


Com a saída de José Eduardo dos Santos (JES), do poder,  a jurista Antónia Florbela Araújo foi indicada como Provedora Adjunta de Justiça enquanto que Manuel da Cruz Neto entrou para a Assembleia Nacional como deputado pela bancada do MPLA.


Pelo papel que ambos  tiveram, um advogado em Luanda, questionou,  esta semana, as motivações que levaram ao ministério público a ignorar estas duas figuras que no período em que José Eduardo dos Santos deu "luz verde"  ao antigo governador do BNA, Walter Filipe da Silva, estavam ao serviço do palácio presidencial. “Como é que essas entidades não foram ouvidas? Porque é que o Ministério Público não solicitou a casa civil os antecedentes?”, questionou  fonte numa nota a que  Club-K, teve acesso.

Loading...