Luanda - Nos dias que correm, vamos constatando que o ciberespaço será, como outros territórios, objecto de confrontos entre Estados, Partidos Políticos, Empresas e Organizações.

Fonte: Club-k.net

Ao que se sabe a Internet é um produto derivado de uma invenção militar. Para o exército Americano trata-se de um meio altamente sofisticado, com poder e facilidade de comunicar de maneira descentralizada no caso de um eventual ataque nuclear adverso. O ciberespaço, tornou-se assim no quinto domínio de uma eventual guerra depois da terra, mar, ar e espaço.


Um ataque bem preciso contra um Sistema Informático, pode provocar um golpe fatal na Economia de um País ou danificar a manutenção de indústrias que fabricam material extremamente letal.


Em 2007, um ciber ataque contra a Estónia, atribuído a Rússia, paralisou o País provisoriamente. A maioria dos piratas informáticos eram efectivamente russos e protestavam contra a demolição de um monumento em memória dos soldados soviéticos tombados durante a segunda guerra mundial. É pernicioso saber se, tratava-se de uma reacção privada ou organizada com o beneplácito do Estado Federal Russo.


Em 2008, aquando da guerra contra a Rússia, a Geórgia sofreu ataques Informáticos nos sites do Ministério dos Negócios Estrangeiros e no Ministério de Defesa. Apesar do perigo eminente, não está disponível informação bastante sobre as armas que poderão ser utilizadas nos ciberespaços. Pois, os traços de uma agressão Cibernética, não são fáceis a obter. Numerosos são os Estados que já procuram munir-se de uma brigada Cibernética.


Os EUA por exemplo, já muniram-se de um ciber-comando com o objectivo de proteger as suas redes e lançar eventuais ataques contra os seus inimigos.


A NATO tem reflectido sobre a questão de saber se um ciber ataque podia assemelhar-se a uma agressão armada que leve os Países membros da aliança atlântica à uma acção solidaria. Mas, ao mesmo tempo, os EUA estão reticentes sobre o desarmamento do ciberespaço, temendo que tal resolução conduza à uma medida rígida da internet, contraria aos seus interesses. O caricato é que, a força neste domínio, é uma fragilidade. São os países que mais confiam nas tecnologias e que tiram delas uma mais-valia, que serão os mais frágeis face à um ataque deste tipo, pois, dependendo delas, as suas populações seriam gravemente afectadas. Por outro lado, os mesmos Países avançados tecnologicamente, têm a vantagem de se dotar de meios para a sua própria protecção. Nestes confrontos, os métodos variarão entre, a propaganda à desinformação, à colheita de dados, sabotagem de equipamentos e de material militar que permite a coordenação dos meios de defesa, e finalmente aos ataques à infra-estruturas sensíveis.

 

Inconfortável com a degradação da sua imagem e das críticas cada vez mais numerosas e acentuadas nas redes sociais em sua direcção, Israel dotou-se de uma força especial de reacção e de intervenção, que anima diferentes sites com matéria favorável a sua política.


Em Junho de 2010, um vírus Stuxnet foi descoberto nos computadores dos técnicos da central nuclear de Bushehr, no Irão, que tinha por missão espiar e reprogramar os sistemas industriais, as centrais hidroeléctricas ou as centrais nucleares. O autor deste ataque não foi identificado, mas dúvidas existem sobre uma possível responsabilidade do Estado de Israel.


Em 2015, a China e os EUA assinaram um acordo segundo o qual, nenhum desses dois Países atacaria o outro no ciberespaço.


Depois da terra, do mar, do ar e do espaço, o ciberespaço é o quinto território submetido as rivalidades dos Estados, das Organizações Politicas, das Grandes Empresas, etc. Pelos vistos estão em jogo interesses geopolíticos. Os “ciber-exércitos” pouco a pouco vão potenciando os seus territórios, sem ter em conta as consequências que advirão destes confrontos, mesmo se continuamos vivendo num domínio onde as formas as destes conflitos, permanecem largamente desconhecidos.