Luanda - Em 1974, terminava a colonização de Angola e em nome de um ideal começava a guerra pós-colonial com o kwata kwata de ngoyas, umbundus, Tchokwes, nganguelas, nhaneka-humbis,kwanhamas para serem enviados para as Fazendas de Café.Sobre isso, continuamos aguardar o pedido de desculpas pelo MPLA em relação a tamanha humilhação a que estas populações foram sujeitas.

Fonte: Club-k.net

Algum tempo depois, crianças e jovens eram enviadas para Cuba no interesse de formação do homem novo.Os mais beneficiados partiam para os países comunistas da Europa do Leste. Para estes não havia actividade nos campos de cana-de-açucar.


Desde 1978, 79 e 80, nos solos do Centro/Sul, Sul e Leste de Angola jazem petrificados em inúmeras valas comuns milhares de angolanos camponeses assassinados por pelotões de fuzilamento formados por tropas internacionalistas cubanas, nigerianas, do Kongo Brazzaville, nigerinas, só pelo facto de terem nascido e vivido naqueles espaços.


Em 1991/1992, este ideal de construção do homem novo era substituído pelo ideal do Estado Democrático de Direito por imposição dos Acordos de Bicesse entre o Governo da República Popular de Angola e a UNITA.


Foi um logro assaltado, logo a partida, de novo pelo tal homem novo que desta vez encomendava um fato cosido com notas de bilhões do erário público e ajustado à sua medida.


Olhei para todos lados e lá num cantinho estavam sentados Norberto Garcia, João Pinto, Tito Kambandje com cartilhas vermelhas na mão com o título "Homem Novo". Mais ao longe, crianças rotas e fora do sistema de ensino a gritar "Cuidado com o homem de fato de dinheiro, é coronavírus". Fiquei atento a procura do tal pandemia com fato de notas, fiquei chocado por que alguns foram meus colegas ao tempo de estudantes, outros andaram no maquis do Mayombe na guerra anti-colonial para salvar crianças que agora fugiam deles.


Afinal, onde anda o tal de "Homem Novo"? É "Homem Novo" ou é pandemia?

 

Ajudem-me, ando a procura do tal "Homem Novo" que levou Angola para guerra em 1976, que criou a República Popular de Angola, que matou no 27 de Maio, no genocídio eleitoral de 1992, na sexta-feira sangrenta, que anda trajado com fato de notas de bilhões do erário público.


Este homem é o tal "Homem Novo" ou é o "Pandemia"? E se o primeiro for a mutação de todos outros até atingir a forma "Pandemia", o que devo fazer…
Dizem, que a cura se chama "RECONCILIAÇÃO"!!!

 

Em uma democracia, fatos e transparência são necessários.