Luanda - Hoje o mundo está a viver uma situação não prevista evidentemente, e que está a causar transtornos quase incalculáveis para os países do mundo inteiro. É neste sentido em que nos propomos em partilhar algumas ideias sobre o papel de “Sensibilização” dos Jovens neste processo contínuo e penível de Combate à Covid-19, em analogia com mais uma Celebração do Dia Mundial das “Competências dos Jovens”.

Fonte: Club-k.net

Esta data, em que o mundo celebra o “Dia Mundial das Competências dos Jovens”, foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas no ano de 2014, e celebrada pela primeira vez em 2015. Quer dizer, faz este ano, exactamente Seis (6) anos, desde a sua proclamação. Este ano, a mesma decorre num contexto muito diferente, onde a maior parte dos governos do mundo encerraram temporariamente os estabelecimentos de ensino a fim de prevenirem-se da propagação da pandemia da Covid-19.

 

Segundo uma estimativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), o encerramento temporário dos estabelecimentos de ensino, afectam mais de 60% da população estudantil mundial, sem esquecermos o encerramento, de muitas empresas, afectando grandemente a população Jovem.

 

Este dia foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o Objectivo de “reconhecer a importância estratégica de dotar os Jovens de “competências” para o emprego, para o trabalho decente e o empreendedorismo, e ao mesmo tempo, pôr em relevância o papel crucial dos Jovens qualificados para se ultrapassar os desafios mundiais actuais e futuros”. Pois, segundo dados, um dos grandes desafios das políticas públicas ligadas à Juventude, a nível mundial, tem a ver com a redução contínua dos elevados índices de Desemprego, sobretudo neste momento de pandemia da Covid-19.

 

Neste sentido, se antes da Covid-19, já se previa um elevado índice de Desemprego, devido a “Crise económica já antes existente”, agora com esta pandemia, a situação torna-se ainda mais séria. Por que implicará alterar-se “os Planos antes tidos”, de combate ao Desemprego Jovem.

 

Presentemente, é quase unânime de que o Desemprego constitui uma das grandes consequências da Covid-19, por que veio agravar muito mais, os níveis anteriormente existentes.

 

Porém, as “Competências e habilidades Juvenis”, vão além, por exemplo, “da capacidade criativa dos Jovens criarem emprego para Outros Jovens”. Por que falar das “Competências e habilidades Juvenis”, sobretudo numa perspectiva mais Optimista, implica igualmente, falarmos da “Capacidade de Resiliência” dos Jovens independentemente do momento ou das circunstâncias, em que vivemos, como esta em que nos encontramos.


Um momento caracterizado pelo desafio de adopção de “Medidas de Biossegurança” por parte dos indivíduos, definido também como “novo normal”, por que o objectivo é “acostumarmo-nos todos”, à conviver com base às estas “Medidas”.


Daí, surgir um grande Desafio dos Jovens que se consubstancia no Auxílio das entidades governamentais “na Sensibilização das Populações” para adopção das “Medidas de Biossegurança”.


Todavia, se olharmos para o meio em que vivemos, e observarmos os nossos dados estatísticos disponíveis sobre a população Jovem, poderemos perceber que a maior parte das nossas populações angolanas, e mesmo de um modo geral africanas, é de uma faixa etária Jovem. E muitas vezes, seu acesso à Informação ainda é muito baixo. Sem contarmos com o elevado “índice de analfabetismo por parte desta faixa etária”, que em muitas circunstâncias ainda interfere de forma negativa no acatamento das orientações vindas das “Autoridades Sanitárias”.


E daqui, surge uma situação paradoxal. Como pretender-se o “Auxílio dos Jovens” às entidades governamentais “na Sensibilização das Populações” para adopção das “Medidas de Biossegurança”, se grande parte desta população, é que necessita, ser “Sensibilizada”?A partir deste questionamento, é possível perceber que àqueles Jovens “mais Informados” – o que não implica necessariamente ter um alto nível de formação – têm uma grande Responsabilidade na Sensibilização dos Outros Jovens. Pois, muitas vezes até, é observável a resistência ao acatamento de “Medidas de Biossegurança”, por parte de Jovens supostamente “bem Formados e Informados”.Por isso, – no nosso simples entendimento –, tal como percebemos com o grande filósofo Aristóteles, de que “o homem é um ser social” através dos seus dizeres de que “o homem é por natureza um animal político”, esse homem não é limitado pela faixa etária, nela está igualmente incluída “o homem Jovem”.


Razão pela qual, está aprovado de que “o homem Só”, perde mais do que “estar com os Outros”.


Consequentemente, em analogia, afirmamos que neste “processo contínuo e sério” de Combate à Covid-19, os Jovens só terão sucessos se estarem cada vez mais Unidos. Por exemplo, é muito normal que duas Associações Juvenis trabalhem juntas para a “Sensibilização” de uma, duas ou mais Comunidades, ou “segmentos de Jovens”. Para tal, será necessário “deixar-se para atrás” intrigas ou procura de protagonismos individuais. O que muitas vezes tem dificultado “o bom funcionamento das Associações”.Com isto, estamos a querer dizer que neste processo de “Sensibilização” das populações, para o Combate da Covid-19, os Jovens têm uma grande importância. Mas é fundamental que sejam igualmente incentivados para tal.


Por conseguinte, estrategicamente, o Estado deve continuamente fazer movimentar efectivamente “as várias Associações Juvenis” não para dar financiamento por que o Estado não tem esta possibilidade. Mas sim, capacitá-las por formas a serem “Verdadeiros Agentes” de “Sensibilização”. Como por exemplo observamos actualmente, em algumas províncias do país.


Em nosso ponto vista, é neste momento que o Estado mais precisa das “Associações Juvenis”. Por que, quanto mais houver resistência por parte dos indivíduos, mais transtornos de várias ordens, o Estado terá.


É verdade que neste processo, as “Autoridades Sanitárias”, possivelmente encontrem um impasse que se chama “falta de capacidade logística incluindo a falta de capacidade de testagem”. Como referimos, para se efectivar a “transformação dos Jovens em Verdadeiros Agentes de Sensibilização” não é necessário “distribuir recursos financeiros”, mas é necessários “distribuir conhecimentos” para estes igualmente “redistribuírem aos Outros Jovens”, através de suas acções Juvenis, obviamente cumprindo igualmente as “Medidas de Biossegurança” ou actuando no âmbito do novo normal.

Portanto, as “Associações Juvenis” têm um grande papel na “Sensibilização” das populações para o Combate à Covid-19. Em outras palavras, quer queiramos ou não, as “Associações Juvenis” têm um grande poder neste processo.


E nesta Celebração Mundial – “do ano de 2020” – das “Competências dos Jovens”, percebe-se que há uma grande necessidade de realçar-se muito mais a presença Juvenil na Sociedade, através do Combate à Covid-19.Um sincero Bem-haja aos Jovens do mundo inteiro, especialmente os angolanos!