Luanda - DISCURSO PROFERIDO PELA CAMARADA LUÍSA DAMIÃO, VICE-PRESIDENTE DO MPLA, NA ABERTURA DA VIII REUNIÃO ORDINÁRIA DA OMA, NO DIA 17 DE JULHO DE 2020.

 

Camarada Paulo Pombolo, Secretário-Geral do MPLA;
Camarada Luzia Inglês Van-Dúnem, Secretária-Geral da Organização da Mulher Angolana;
Camaradas Membros do Comité Nacional da OMA;
Queridas camaradas;

É sempre motivo de indescritível satisfação estar com as minhas companheiras de luta, pelo que, expresso o meu abraço fraterno a todas as militantes da OMA, em particular aos Membros do Comité Nacional aqui presentes e as que participam por videoconferência, devido às condicionantes que a terrível pandemia do Coronavírus nos impõe.

Nesta luta contra a COVID-19, reiteramos o nosso reconhecimento a todos e em especial às mulheres angolanas guerreiras que estão na linha da frente, mormente às médicas, enfermeiras, auxiliares das distintas unidades sanitárias, jornalistas, militares, polícias, bombeiras e todas aquelas, que diariamente são um exemplo no cumprimento rigoroso das medidas de prevenção estabelecidas pelas autoridades sanitárias e primando, simultaneamente, pela educação da família.

Nenhum país estava preparado para lidar com a pandemia do Coronavírus Covid-19. Um inimigo invisível e altamente letal, que continua a fazer muitas vítimas mortais, para além do impacto económico e social. A esse respeito, o Camarada Presidente João Lourenço, na sua intervenção na reunião do Bureau Político, sublinhou: “O desafio é grande para todos, sem excepção, porque os países são chamados a lidar em simultâneo com duas frentes de luta: a da saúde pública e a da economia, qualquer uma delas seriamente atingidas”. E assegurou que “Desde cedo o Executivo angolano vem mobilizando, não só os recursos financeiros, materiais e humanos necessários, como também todas as forças vivas da nação, todas as vontades e sensibilidades da sociedade civil, que, felizmente se sentiram parte da solução, tendo-se tornado em actores activos desta luta”. Fim de citação.

Para vencermos essa luta, enquanto não se encontre uma vacina para imunização, devemos continuar a encorajar os esforços do Executivo, da sociedade civil e das estruturas do Partido na promoção de iniciativas de sensibilização, de solidariedade e humanismo, para com as famílias que enfrentam dificuldades e no apoio às medidas conducentes à diversificação da economia, aumento da produção de bens e de serviços locais, bem como na geração de novos postos de trabalho.

Temos que nos adaptar ao novo normal e assumirmos uma postura correcta no modo de ser, agir e pensar, sobretudo nesta fase que estamos a viver.

A VIII Reunião Ordinária, que tenho a honra de presidir a sessão de abertura, reveste-se sempre de grande importância, acrescida do facto de que fará análise e aprovação dos projectos de documentos que servirão de apoio ao processo de preparação e realização do 7º Congresso Ordinário da OMA, entre os quais, o relatório do Secretariado Executivo Nacional, o regulamento do processo das Assembleias de Balanço e de renovação de mandatos da OMA, as linhas de força dos Estatutos, linhas de força do programa de acção e tese, só para citar essas matérias.

Camaradas Membros do Comité Nacional;

Recomendo-vos também e, como sempre, a adoptarem o discurso do Camarada Presidente João Lourenço proferido na última reunião do Bureau Político, para estudo e matéria de trabalho, assim como a sua disseminação nas nossas estruturas.

Em paralelo ao processo de preparação do 7º Congresso Ordinário, a organização não deve perder de vista o reforço do trabalho político do presente e as acções da agenda política do Partido para o presente ano, a fim de vencermos os desafios políticos e eleitorais.

Este trabalho passa pela contínua inovação e audácia, pela causa da luta da mulher contra todas as formas de discriminação, a sua integração e plena participação nos processos de tomada de decisão em todos os sectores da vida do País, o combate às manifestações de regionalismo, tribalismo e racismo, assim como na luta incessante pela construção de uma sociedade justa, democrática, desenvolvida e em paz.

Não menos importante, é a necessidade de se intensificar o apoio jurídico e legal às mulheres, a fim de que possam, efectivamente, exercer os seus direitos e a desconstrução de estereótipos de género.

A verdade, Camaradas, é que ainda assistimos a actos de violência contra à mulher no lar, na sociedade e nas redes sociais ou plataformas digitais, onde se requer o uso racional e comedido por parte dos seus utentes. Precisamos amplificar a nossa voz contra todo o tipo de violência e discriminação contra a mulher no nosso País e no mundo.


Devemos ainda, nesta fase difícil, mobilizar sinergias para o suporte médico-sanitário à mulher e à criança. Apoiar as mulheres carenciadas, doentes, idosas, detidas e todas as mulheres que se encontrem em situações vulneráveis.

Temos de primar sempre pela criatividade e proactividade que caracteriza a OMA, a fim de chegarmos cada vez mais ao coração das mulheres, vivendo os seus problemas e ser parte da solução das suas principais inquietações e ansiedades, em qualquer canto deste imenso país.

A todas as mulheres angolanas, em particular à jovem estudante que acredita num futuro melhor, à mulher zungueira e vendedora nos mercados que luta todos os dias para levar o pão à mesa, à mulher rural e todas as que se encontram em situação de vulnerabilidade, às mulheres empreendedoras que vivem o impacto da COVID-19, manifestamos a nossa solidariedade e a nossa homenagem.

Estamos juntas nesta luta para vencermos essa pandemia do coronavírus e assim triunfarmos no desafio para “MELHORAR O QUE ESTÁ BEM, CORRIGIR O QUE ESTÁ MAL” garantindo o bem-estar das famílias angolanas e dos nossos filhos e filhas.

Estimadas camaradas;

Vivemos neste país que se chama Angola. Conhecemos o que se passou em todas as esferas da vida do nosso país e as batalhas que se nos esperam. E em todas essas batalhas as mulheres participaram heroicamente para o alcance da vitória e nunca desistiram, pois a coragem maternal é um incentivo à luta que temos pela frente.

Dizia o Camarada Presidente João Lourenço, “Não obstante aos constrangimentos existentes, como o grande endividamento público, na sequência das linhas de financiamento de que o país beneficiou num passado recente para a recuperação das suas infra-estruturas e a fraca capacidade de geração de cambiais, mesmo assim, muito vem sendo feito no sentido da criação de um ambiente mais favorável para o investimento privado onde, entre outras medidas, enquadra-se também o combate contra a impunidade e contra a corrupção, acções que devem correr em paralelo, sem que se possa dizer que primeiro vamos resolver uma e depois outra”.

Camaradas membros do Comité Nacional;

Uma boa notícia que vale a pena partilhar: a OMA, através da Camarada Luzia Pereira de Sousa Inglês Van-Dúnem “INGA”, foi indicada para o cargo de Secretária Regional da Organização Pana-Africana das Mulheres. Não temos dúvidas da mais-valia que a nossa presença representa na referida organização regional. Parabéns camarada “INGA”. Acreditamos que a sua indicação a tão elevado cargo traduz o reconhecimento do seu valioso contributo a esta organização feminina regional.

Uma palavra de apreço a Camarada Carolina Cerqueira, Membro do Bureau Político do Comité Central, que durante 12 anos desempenhou com notável profissionalismo e resiliência o cargo de Vice-Presidente da OPM para África Austral, dignificando a nossa Organização e as Mulheres Angolanas.

Finalmente, quero desejar às camaradas Membros do Comité Nacional, uma rica discussão dos pontos agendados nesta VIII Reunião Ordinária e um abraço forte a todas as mulheres que não estão aqui fisicamente, contudo, presentes através das novas tecnologias.

De Cabinda ao Cunene UM SÓ!
Uma Só!
VIVA o MPLA!
Viva o Camarada Presidente João Lourenço!
Viva a OMA!
Viva a Mulher Angolana!
Deus nos abençoe e muito obrigada pela vossa atenção.