Menongue - O administrador municipal de Menongue, Júlio Vidigal, pediu na última terça-feira, aos munícipes para colaborar com as autoridades sanitárias no cumprimento das medidas de prevenção contra a Covid-19. O dirigente disse que o momento exige reflexão de todos os munícipes, primando pelo cumprimento contínuo das medidas de prevenção decretadas no âmbito do Estado de Calamidade que se vive no país.

Fonte: Angop
Fez saber que a administração municipal está a trabalhar em coordenação com a Comissão Provincial Multissectorial de Controlo à Pandemia, pelo que entre 22 de Abril à 21 de Julho do corrente ano foram distribuídos matérias de biossegurança à população vulnerável, visando aumentar os níveis de prevenção contra a doença.

Segundo o responsável, para além da distribuição de matérias de biossegurança, no mesmo período, a administração realizou também campanhas de vacinação contra poliomielite e tétano, distribuição de bens diversos entre alimentação, cobertores, mosquiteiros e roupa usada.

Afirmou que, no âmbito da sua intervenção social, a administração tem prestado maior atenção a população Khoisan, com num programa que visa inseri-la em projectos sociais e de desenvolvimento para o seu bem-estar, a par da inserção das crianças no sistema normal de ensino e aprendizagem.

Lembrou que na comuna do Caiundo, que dista a 140 quilómetros de Menongue, sede capital do Cuando Cubango, tem disponível terrenos agricultáveis para, nos próximos tempos, ser distribuídos as famílias vulneráveis, por formas a garantir a sua auto-suficiência alimentar.

Por outro lado, o gestor assegurou que a administração vai continuar a trabalhar para a melhoria do saneamento básico de modo a tornar a cidade de Menongue num postal turístico atractivo, sobretudo nas zonas periféricas, combatendo a acumulação do lixo, as águas residuais e paradas, bem como outros tipos de resíduos que podem colocar em causa a vida dos munícipes.

Cidadãos insistem na violação da cerca sanitária

Cerca de 25 cidadãos, entre os quais 18 que violaram a cerca sanitária de Luanda e sete a fronteira com a República da Namíbia, através do município do Calai, estão a ser acompanhados em quarentena pelas autoridades sanitárias na província do Cuando Cubango. A informação foi tornada pública, esta semana, pelo porta-voz da Comissão Provincial Multissectorial de Combate e Prevenção contra a Covid-19, Mirco Macai, no final da reunião que abordou as condições de resposta à doença na província.

Na ocasião, considerou fundamental o contínuo reforço epidemiológico nas zonas de entrada, e informou, por outro lado, que 56 cidadãos, já foram submetidos à testagem rápida, dos quais 54 não apresentaram qualquer reacção, tendo resultados negativos, e dois reagiram a IGG.

Sobre os 130 cidadãos angolanos localizados na província namibiana de Okavango Este, fronteira sul com o Cuando Cubango, e que querem regressar ao país, disse estarem a ser dados os passos necessários para a sua efectivação, que passa pelo reforço de condições para a quarentena.

“Vamos criar primeiro as condições logísticas necessárias em função do número, e só depois poderemos definir o momento certo para a recepção desses concidadadãos, que deverão observar querentena institucional de 15 dias, no mínimo, sob vigilância”, sublinhou.

Na cidade de Menongue, província do Cuando Cubango, o desrespeito das normas de segurança contra a Covid-19 faz-se sentir, com maior impacto, nos locais de óbitos e cemitérios. Durante à noite, bem como no momento de rumaria para o “campo santo”, as pessoas transformam o momento em afectos físicos, sem o mínimo de respeito pelo distanciamento social, havendo mesmo algumas pessoas que vão partilhando beijos e abraços.

No único cemitério público, construído pelas autoridades governamentais, não se observa nenhuma regra em concreto. As violações vão desde a falta de distanciamento social, o elevado número de pessoas, entre familiares, amigos, colegas e até mesmo vizinhos que acompanham o enterro, contra a regra de 50 pessoas permitidas para assistir ao funeral em todas as províncias, com excepção de Luanda.