Lubango - Fruto de teimosia, petulância, comércio em detrimento do profissionalismo, atiraram a aludida instituição à improdutividade e má imagem no mercado, começando pelos quadros recrutados atrás, passo o termo (atrás das portas), que destratavam, humilhavam os clientes, terceiros e, em muitos casos se aproveitavam de valores de pacatos cidadãos com salários na maior parte dos casos, “MÍSEROS” e não só (houve também casos de clientes com contas gordas que lamentavam), alguns destes (funcionários), sem passo o termo (costas largas) conheceram despedimento imediato, por conta destas e outras más práticas que trarei a ribalta no desenrolar deste artigo opinativo.

Fonte: Club-k.net

Parecendo ironia, mas não. É um facto. De forma paciente e incansável, os especialistas angolanos esclarecidos em matérias de gestão de empresas, recursos humanos, direito e não só, têm vindo a partilhar conhecimentos ( na mídia e não só), sobre as boas práticas e conselhos úteis e precisos, em relação a vida ideal organizacional, de modo que as instituições (públicas e privadas) atinjam a produtividade, sustentabilidade e a excelência organizacional.

 

Neste perspectiva, não descurando os trabalhos de consultorias e auditorias internas e externas, cujo seu papel neste desiderato (produtividade, sustentabilidade e a excelência organizacional) merece proeminência.

 

Para quem tem olhos de ver (que vê a realidade de forma desapaixonada e sem nenhuma dívida psicológica), a pergunta que não quer se calar é a seguinte: Qual foi a principal falha do B.P.C? Para o meu caso, como: formador, consultor, estudioso, comentarista (fazedor de opinião em matéria de gestão de pessoas), palestrante, articulista (em matéria de gestão de pessoas), tem a responder o seguinte: a principal falha do B.P.C, prende-se com o recrutamento e selecção de quadros, longe de qualquer a bordagem política, mas sim, a luz das boas práticas de gestão internacional de pessoas. O assento tônico neste peculiar, reside na pessoa: “o profissional, o talento, o cérebro de obras” e não “o comerciante, comovido com o salário gordo e o enriquecimento ilícito ao invés do profissionalismo”. Ressalvo neste particular, que não são todos, mas uma boa parte dos quadros recrutados. Nesta senda, para além do desligamento de quadros (despedimentos), veremos uns (comerciantes e não profissionais) a responderem por processos crimes, que, olhando para as vantagens e desvantagem, tem vantagem por parte dos advogados, que terão a sua contra partida remuneratória.

 

Quem já ouviu um recrutamento de quadros “SÉRIO” (nos Jornais, obedecendo todas as regras de recrutamento e selecção profissional) no B.P.C? Aonde os candidatos interagem a volta dos resultados dos testes, e fixação de listas? Nesta questão, o B.P.C, violou as boas práticas de gestão internacional de pessoas (recrutamento e selecção profissional) longe de querer descriminar A, B e C. Nesta perspectiva, o principal desiderato, é fazer um a pelo (as entidades de direito) que as instituições devem a obediência aos padrões convencionais, leis, regras e regulamentos. Até porque: “tudo já está feito, é so imitar, porque não imitar algo que nos beneficia?”. O benefício neste particular, é na perspectiva altruísta, imitação das boas práticas internacionais e de acordo o ideal convencional organizacional (leis, regras, procedimentos, código de conduta e de etiqueta, procedimentos administrativos…) e não o real organizacional (isto é feito desta forma e o chefe também costuma fazer assim, mesmo que o solicitador do crédito não assinar, não faz mal, é nosso chefe, é ministro, é general…). Autêntica violação dos procedimentos administrativos.

Um dos figurinos que é de domínio público, que não poderia deixar de passar despercebido neste artigo discutível, é os serviços do B.P.C (o atendimento…). Por conta destas inobservâncias estreitadas ao não cumprimento escrupuloso das boas práticas internacionais (recrutamento e selecção profissional) vimos e continuaremos a ver, despedimentos de quadros prejudicando gravemente os agregados econômicos das famílias.

 

Perguntei alguém (amigo chegado) uma vez, estas no Banco a vários anos, por que não es promovido? A resposta não se fez esperar. Meu irmão, não tenho QI (quem indica), a maioria dos gerentes e subgerentes passaram pelas minhas mãos em termos de formação. Hoje muitos deles ainda zombam-se de mim. Te garanto, se fosse mulher (…), já seria promovido faz tempo. Mas, o que fazer, tenho que continuar a trabalhar para o sustento dos meus próximos. O que implica dizer que, internamente, o sistema de avaliação de desempenho, não exerce ou não exercia o papel ideal que é a promoção da meritocracia, através do: “Talento certo, na posição certa e no momento certo”.

 

Agradecia que o leitor não deitasse lágrimas, como fi-lo, quando ouvia está informação chocante.

 

Por conta deste e de outras más práticas, cá entre nós (na banda, decidimos denominar a referida instituição como: (Banco de Paciência e Coragem). Prefiro limitar-me por aqui, em termos de exemplos chocantes (…) e me a ter apenas na prevenção e na sugestão.

 

Dizia Nelson Mandela, um dos líderes sul-africanos, na qual passo a citar: “Tão como a escravidão e o apartheid, a pobreza não é natural. É feita pelo homem e pode ser ultrapassada e erradicada pelas acções de seres humanos”, fim de citação.

 

Uma outra pergunta que não quer se calar é a seguinte: Será que as instituições de direito, não podem fazer uma auditoria dos quadros recrutados, os recrutadores, a ferir os resultados conforme a matriz de avaliação de desempenho e responsabilizar os recrutadores, civil e criminalmente, de modo que as outras instituições (públicas e privadas), detenham algumas lições que permita banir a mesma triste experiência (de má gestão e despedimentos em massa) que a instituição em causa está a viver? É importante educar e disciplinar, não é do nada, que Aristóteles disse e eu passo a parafrasear: “A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces” fim de citação.

 

Em gestão, a culpa não pode morrer solteira. Há documentos de gestão para o começo deste processo de responsabilização, como: Acta, relatórios, matriz, planos de acções, e dentre outros.

 

Dizia Edmund Burke, na qual passo a citar: “Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada” fim de citação. Neste entretanto, é salutar, deixar um conselho: caros gestores e dirigentes, a gestão é uma CIÊNCIA, não se compadece com amiguismo, improvisos, achismos, conveniências. Mas, em obediência e respeito aos padrões convencionais, leis, regras, técnicas de gestão empresarial e de recursos humanos.

 

Portanto, como dizia Salu Gonçalves no Programa televisivo da TV ZIMBO, intitulado: “FALA ANGOLA”, na qual passo a citar: “ou é, ou não é” fim de citação. Para se evitar desastres (despedimento em massa), como igual ao que estamos a vivenciar agora no B.P.C: (Banco de Paciência e Coragem) num momento crítico que o País está viver de Pandemia (aliada a consequências e perdas econômicas e sociais que é de domínio público), que a instituição em causa, no actual contexto, responsabilizar-se-ia em evitar o desemprego e não o inverso.

 

Uma vez em conversa, depois de uma reunião de bancários (em Luanda), na altura respondia como gerente de uma instituição financeira não bancária, alguém (o alto responsável desta instituição financeira não bancária), disse há um alto dirigente do B.P.C, na qual passo a citar: “Vocês não são sérios, por isso é que têm uma carteira de crédito com valores altos em atraso”. Fim de citação.

 

Na altura não levei a conversa a sério, hoje consigo concordar e constatar a realidade da falta de seriedade que está afetar economicamente e psicologicamente muitos agregados familiares.

 

Como guisa de conclusão, é imperioso dizer que, as outras instituições, devem repensar a situação do B.P.C (que olho com lágrimas) como uma lição de vida organizacional a reter, para que atinjam a produtividade, sustentabilidade, boa imagem no mercado e respondam a obrigação de responsabilidade social, que se traduz no aumento do emprego e não o contrário.

 

Comovido com a situação, das famílias e do País, tenho dito.

Samuel Paulino Pedro