Luanda - Éramos “coados” por razões que só eles sabem. Mas nem sempre a culpa foi dos “coadores”. Muitos de nós nunca demos sinais para merecermos a confiança. Apesar da bajulação, nepotismo e outras “cunhas” serem as molas impulsionadoras da maioria da ascensão da juventude nos últimos anos, há quem no meio dessa confusão conseguiu “se impor” com o conhecimento e disciplina.

Fonte: Club-k.net


Há cerca de três anos, as coisas tendem a mudar. O “sangue” novo volta aos poucos no aparelho do estado, apesar de a maioria ser ainda do partido no poder. Gostaríamos de ver os apartidários também em grande quantidade e de outras formações políticas. O rejuvenescimento também deveria atingir os partidos políticos. Se no passado já tivemos ministros de 29 anos, Governadores com 23 anos e Presidente da República com 37 anos, porque não hoje?


É verdade que a visão política de ontem, não é a de hoje. Mas alguém “baixou” essa visão. Não vamos chorar por leite derramado. O importante é que o país regressa à normalidade nesse quesito. Está claro que a palavra “reforma” já não vai ficar apenas no dicionário. O descanso dos que ontem foram jovens vai se tornando inevitável, para dar lugar aos jovens de hoje. Alguém despertou o país que os insubstituíveis não existem. As pessoas passam e as estruturas ficam.


Boa parte dos jovens que mereceu a confiança para dirigir uma determinada área, está a dar conta do recado. Alguns, continuam a pensar em crescer mais para mostrarem o que podem. O melhor crescimento é ir fazendo já.


Na minha TPA houve mudanças profundas na sua Direcção. Os mais velhos agora são conselheiros. O barco passou a ser conduzido por jovens. Os resultados dos primeiros meses da nova Direcção de Informação são animadores. Talvez serviu de bússola para a aposta em mais jovens. Quase todos os Centros de Produção passam a ser comandados por jovens. São jovens que ascenderam sem bilhetinhos ou engraxaram algum sapato. Foi por mérito próprio. Conheço-os e não tenho medo de o afirmar. Dificilmente me engano.


A todos os jovens que merecemos essa confiança, não só os da TPA, quero vos lembrar o seguinte:


A disciplina é a base de qualquer sucesso.


A arrogância e o excesso de orgulho não nos levam a lado nenhum.


Não existe chefe sem subordinados. Se nos transformarmos em lideres, melhor. O subordinado deve ser tratado com respeito. Ninguém gosta de ver o seu orgulho ferido. Cultivando a harmonia, os resultados são sempre bons.


O que criticávamos aos mais velhos, não pode ser repetido. Eliminar fofocas na primeira hora. Quando lhe chegar uma informação, cruze as fontes. Nunca tome medidas contra alguém, baseando-se no ouvir dizer.


A gestão deve ser transparente. Em primeiro lugar o trabalho e a nação. Quando tentarmos olhar mais para o nosso umbigo, não chegaremos lá.


Tenhamos sempre a coragem de reconhecer e elogiar quando alguém faz bem as coisas. Se puder, um estímulo galvaniza qualquer colaborador.


Devemos saber ouvir e agir em colectivo.


Ao falarmos dos ganhos no nosso trabalho, vamos remover o “eu”e substituímos a por “Nós”.


VAMOS MARCAR A DIFERENÇA PARA QUE GANHEMOS RAZÃO E MAIS JOVENS MEREÇAM A CONFIANÇA, COMO NÓS.

Quem ainda não chegou lá, é só continuar a fazer bem as coisas e investir na formação séria. Há sempre um “olheiro” que Deus envia. O nepotismo, amiguismo e outros favorecimentos, estão a perder a força aos poucos. Ainda falta, mas o caminho é esse.

Bom trabalho e sucessos.
Este é o meu “Penso”

Fernando Metusal