Luanda - O grupo Odebrecht, pronunciou-se em relação à notícia intitulada “Odebrecht quer devolver milhões da corrupção”, veiculada no último dia 23/08, pelo Expresso, e replicada por outros órgãos de comunicação em Angola, e, no exercício ao seu direito de resposta, esclarece o seguinte:

Fonte: Odebrecht

A Odebrecht não foi previamente contactada a respeito do conteúdo da matéria, o que não lhe permitiu contrapor informações incorrectas nela publicadas.

 

Apenas como exemplo da imprecisão das informações publicadas, à Odebrecht não foi adjudicada a empreitada de Caculo-Cabaça e, ademais, a mina diamantífera de Muanga foi um projecto vislumbrado, mas nunca desenvolvido pela Odebrecht, tanto que a empresa foi retirada do rol de concessionários por Decreto Presidencial ainda em 2010.

 

Desde 2016, o Grupo Odebrecht passou por uma intensa jornada de transformação, no compromisso de pautar suas actividades nos pilares da ética, integridade e transparência, adoptando uma nova governança, com participação de conselheiros independentes e implementou um novo Sistema de Integridade, em linha com as melhores referências internacionais, além de ter concluído a renovação de lideranças e o aprimoramento dos controles internos, que são auditados em sua matriz.

 

Outra acção efectiva realizada foi a activação do canal Linha de Ética, agora administrada por uma empresa externa e especializada, voltada à recepção de relatos que tratam de qualquer tipo de desvio de conduta, com total segurança e anonimato.

 

Um dos aspectos desta transformação é a permanente disponibilidade da empresa em colaborar com as autoridades dos países onde actua.

 

Ainda nesta esfera, de forma diversa do que foi veiculado pelo Expresso, a Odebrecht não deseja replicar em Angola qualquer modelo de negociação que tenha realizado com outras autoridades estrangeiras, mas acima de tudo deseja respeitar o marco legal e as particularidades desta jurisdição.

 

Presente em Angola desde 1984, quando iniciou sua actuação no país por meio da celebração do contrato para a construção da hidreléctrica de Capanda, a Odebrecht segue comprometida com a execução de projectos sustentáveis e importantes para a economia do país.

 

Inclusive, no que concerne ao expressivo volume de obras que a Odebrecht executou entre os anos de 2007 e 2014, é válido realçar que muitos destes contratos tinham como fonte de financiamento a linha de crédito à exportação brasileira, no formato Exim, o que colocava o Brasil, e não a Odebrecht, numa posição de destaque como agente financiador do Estado Angolano.

 

Neste sentido, os aspectos relacionados a origens de importação, financiamentos, resultados auferidos, variações dos montantes investidos, dentre outros, são objecto de prestação de contas pelos gestores dessas sociedades aos respectivos acionistas.

 

Por tudo isso, a Odebrecht manteve e pretende continuar mantendo uma postura de empresa parceira do Estado Angolano, tendo desenvolvido projectos vocacionados não só ao desenvolvimento nacional, mas também à formação e qualificação de mão de obra local.

 

Desta forma, para terminar, a Odebrecht solicitou a actualização da matéria disponível online com o posicionamento da empresa e nos coloca, desde já, à disposição.