Luanda - A Procuradoria-Geral da República (PGR) procedeu, nesta sexta-feira, à apreensão de mais imóveis adquiridos com recurso a fundos públicos pelo arguido Carlos Manuel de São Vicente, antigo presidente do Conselho de Administração das AAA.

Fonte: Angop
Segundo o mandado de apreensão, entre os bens apreendidos encontra-se um imóvel sito no condomínio Sodimo, na Praia do Bispo, que servia de escritório de Manuel Domingos Vicente, ex-PCA da Sonangol.

 

Foram, igualmente, apreendidos os edifícios ADLI, localizado na rua 28 de Maio, bairro da Maianga, e o Thyke Hotel, também conhecido por edifício Tower, sito na avenida 4 de Fevereiro.

 

O processo compreende, também, a apreensão do imóvel adjacente ao terminal da transportadora Macon, na avenida 21 de Janeiro e as residências nºs 29, 30, 31, 32, 33 e 34 do condomínio SODIMO.

 

Sob o empresário, já detido preventivamente, recaem suspeitas da prática dos crimes de peculato e recebimento indevido de vantagens, participação económica em negócios, tráfico de influências e outros.

 

No âmbito deste processo-crime, a Procuradoria-Geral da República já havia determinado a apreensão de 49 por cento das participações sociais da AAA Activos, no Standard Bank de Angola, SA, sob gestão de Carlos São Vicente.

 

Svic.jpg - 52,63 kBForam, ainda, apreendidos três edifícios da AAA e o IRCA, sitos na avenida Lénine, na Nova Marginal, avenida 21 de Janeiro e na rua Amílcar Cabral, bem como a rede de hotéis IU e IKA, todos localizados em Luanda.

 

O mandado de apreensão é extensivo aos edifícios situados noutras províncias do país, com excepção dos que se encontram sob gestão do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos.

 

Como fiéis depositários foram nomeados o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), para as participações sociais, e o Cofre Geral de Justiça, para os edifícios e redes de hotéis.

 

A PGR estava a investigar, em colaboração com as autoridades suíças, vários casos e negócios que envolvem a seguradora AAA, incluindo os 900 milhões de dólares bloqueados na Suíça e atribuídos ao empresário Carlos de São Vicente.