Luanda - Tempos há em que a homossexualidade era um tema de muito tabu, porém, nos dias de hoje, apesar de algumas restrições, este é um assunto que já tem adquirido alguma aceitação em certas sociedades. Nesta senda, o angolano da comunidade LGBT, Fernando Sozinho, residente na Suíça, falou sobre o seu casamento com o suiço Marco Breitenbach, um acto que decorreu a 22 de outubro, registado na conservatória civil de Berna.

*Stella Cortêz
Fonte: Platina Line

O angolano, residente há seis anos fora de Angola, começou por dizer ao PLATINALINE que, devido a pandemia, a cerimónia aconteceu de forma restrita, sem a comparência dos familiares de ambos, todavia, unicamente contou com a presença dos noivos, um dos padrinhos e a conservadora.

 

“O facto de ser homossexual, a minha família nunca se opôs, e desde pequeno sempre foi aceite, igualmente na família do meu marido. A nossa relação já dura três anos, somos muitos felizes e completamo-nos um ao outro”, disse.

 

À propósito da possibilidade de aumentarem a família, Fernando fez saber que já existe uma hipótese em dar início a um processo de adopção, contudo este é um detalhe que pretendem idealizar após celebrarem dois anos de casados.

 

“Combinamos fazê-lo só depois de dois anos, porque ainda temos alguns projecto importantes que queremos resolver antes da adoção.”

 

Questionado sobre a descriminação que os membros da comunidade LGBT têm sofrido, o jovem salienta que “independentemente da raça ou ideologia política, as pessoas são livres de fazerem o que quiserem.”