Luanda - Segundo apurou o portal Club-K , junto do Sindicato Nacional de Formadores de Angola (SINFORMA), a greve geral prevista para esta semana, no Instituto Nacional do Emprego e Formação Profissional (INEFOP), sob tutela do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), levou a ministra do sector, Teresa Rodrigues Dias, a convocar uma reunião “estraordinária” com a direcção nacional daquele instituto, na passada quinta-feira, (19), que ficou marcada com o abandono da sala pela ministra em plena reunião, como protesto à presumível má gestão do bem público.

Fonte: Club-k.net

De acordo com a fonte ligada à direcção do SINFORMA, no intuito de se inteirar sobre a carta que recebera em seu gabinete datada de 3 de novembro do corrente ano, enviada pelo sindicato, a anunciar a greve, a ministra do MAPTESS Teresa Dias terá alegadamente questionado, durante a reunião, o actual director nacional do INEFOP Manuel Mbangui e outros membros de direcção presentes, a razão para o atraso no pagamento de subsídios dos formadores, e outros serviços equiparados, desde 2018. 

Por sua vez, Manuel Mbangui, enquanto director nacional, com um discurso sem argumentos nem justificação convincentes  à ministra Teresa Dias, esta, agastada com a situação, abandonou a sala em plena reunião, como protesto às supostas irregularidades na gestão do bem público, tendo advertido a “cúpula” de direcção do INEFOP para a resolução imediata dos problemas no sentido de se evitar a paralização de todos serviços nos centros de formação profissional públicos.

Todavia, avança a fonte sindical, a greve marcada por todos trabalhadores, poderá ser efectivada e abrangente em todos os centros de formação profissional, embora tenha havido a intervenção da ministra que também suspeita haver irregularidades da nova direcção nacional do INEFOP na gestão do mesmo.

“Já remetemos o caderno reividicativo à direcção do INEFOP há mais de um mês, mas sem resposta. Já suspendemos uma greve que deveria ter acontecido no dia 16 de novembro e até agora não há consenso. Entretanto, a solução é partirmos para greve geral, embora a senhora ministra tenha intervido para a resolucção do caso”, disse a fonte deste portal.

Ainda conforme o documento de protesto chegado ao Club-K, as principais causas da greve do celectivo de trabalhadores do INEFOP assenta em sucessivas reivindicações até agora não assistidas como “melhores condições de trabalho nos centros (equipamentos e consumíveis), pagamento dos seus retroactivos na totalidade, revisão do vínculo laboral dos formadores com mais de cinco anos em efectivo serviço com avaliações positivas”.