Luena - O antigo director do Gabinete Provincial da Educação do Moxico, Raimundo Ricardo, suspeito de ter cometidos vários crimes no exercício das suas funções, é dado como foragido da província, de acordo com o representante local da Procuradoria da República, Adão do Nascimento.

Fonte: VOA

O magistrado do Ministério Público foi citado pela imprensa estatal como tendo admitido desconhecer o paradeiro do arguido, que cumpria a medida coação pessoal de prisão domiciliar.

 

Entretanto, o director adjunto do gabinete do governador, Gonçalves Muandumba, disse não ter conhecimento da fuga do antigo funcionário.

 

Adão do Nascimento disse que o arguido deixou de se apresentar à Procuradoria da República, semanas depois da reavaliação das medidas de coação, passando de prisão preventiva a domiciliar, durante a fase de instrução preparatória.

 

O procurador da República, no Moxico, admitiu que o suspeito poderá ser julgado à revelia, caso sejam reunidas provas necessárias.

 

Entretanto, o activista Dito Dali acusa o governador provincial, Gonçalves Muandumba, de, alegadamente, estar por detrás da fuga do seu antigo colaborador e seu “homem de confiança”.

 

Dali disse também não ter dúvida quanto ao envolvimento, na fuga, do anterior procurador provincial, cujo nome não precisou.

 

Raimundo Ricardo, detido em fevereiro do corrente ano, no mediático caso que ficou conhecido como “RR”, é indiciado pela prática de crimes de peculato, violação do plano de execução do orçamento, abuso de poder e branqueamento de capitais.

 

Ricardo é ainda acusado de associação criminosa, delitos cometidos durante os dois anos em que foi director do Gabinete Provincial da Educação do Moxico.

Governo desconhece

Contactado pela VOA, o director adjunto do gabinete do governador Gonçalves Muandumba, apenas identificado por Dr. Miranda, disse não ter conhecimento da fuga do antigo funcionário.

 

Outras notícias do Moxico deram conta que a Procuradoria Geral da República anunciou a abertura de vários inquéritos para apurar denúncias de alegadas “irregularidades e falta de transparência" na execução do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) na província.