Luanda - O Serviço de Investigação criminal (SIC) prendeu em flagrante delito, no passado dia 12 de Fevereiro altos funcionários do BCI, (um sub-director Renato Borges, um Sub-director Manuel Carima), nomeadamente dois membros do Conselho de administração (Raquel Sole e Emanuel Bernardo) e um jornalista do “Jornal de Angola”, Pedro Fernandes. Os visados estão a ser acusados de corrupção, peculato e associação criminosa.


Fonte: Club-k.net

Luta contra corrupção em colapso

previewSegundo apurações, o processo foi “estranhamente” congelado por alegadas mãos invisíveis e o caso foi silenciado depois de enviado para a Procuradoria Geral da República. De seguida, os visados foram postos em liberdade no dia 18, numa altura em que o fazia a compilação do dossiê da acusação para ser apresentdo em jurado na mesma semana.


A narração da acusação - que o Club-K teve acesso -  indica que os altos responsáveis do BCI transferiram fundos que foram considerados «sem justificações precisas», o que despertou o gabinete de «Complience», que por sua vez investigou as transações duvidosas. Por recaírem fortes suspeições, o referido gabinete de «Complience» do BCI concluiu que para tal seria necessário a intervenção da Polícia de Investigação, que foi acionada.


A seguir as detenções, surgiram nas redes sociais relatos sobre o assunto sem, no entanto, ter havido esclarecimento por partes das entidades competentes. Por outro lado, o Conselho de Administração do BCI faz sair um comunicado no passado dia 23, informando que “Em reacção a estas especulações, a instituição financeira ressalta que o Conselho de Administração se encontra em pleno exercício das suas funções, almejando a sua rápida e exitosa privatização ainda este ano”.


O comunicado do Banco considerado em meios da sociedade civil como “elemento de desinformação/marketing”, numa vez que muda de assunto falando do processo de privatização do banco que nunca foi posto em causa, nas “especulações” que circularam na capital do país e na diáspora.


O assunto foi igualmente aproveitado por vozes da sociedade civil que por sua vez denunciam falta de sintonia de trabalho entre as agencias da PGR e SIC, no que respeita a processos que se decide não dar sequência, havendo mesmo sugestões sobre autonomia das instituições responsáveis pela investigação de processos criminais.