Luanda - Chegou em Benguela há cerca de quatro anos; encontrou uma sociedade tecnocrata bastante exigente, e fracassou redondamente fruto da sua arrogância e do seu complexo de superioridade.

Fonte: Club-k.net

Rui Falcão Pinto de Andrade (RF) confunde frontalidade com arrogância e falta de respeito, tendo desferido duros golpes verbais durante uma entrevista colectiva, à margem do acto de passagem de pastas do novo Governador Provincial de Benguela, Luís Nunes, cujo principal alvo foi o jornalista Zé Manel, da Rádio Eclesia.

Diz o velho adágio que, "a arrogância esconde uma grande incompentência", e certamente que RF faz juz a essa máxima ao demonstrar ser um "Poço de arrogância".

Depois de há sensivelmente dois anos ter humilhado o jornalista João Marcos (freelance), eis que um dos piores governadores da história de Benguela, "vomitou" toda a sua frustração ao jornalista sénior José Manuel Alberto, vulgo "Zé Manel". Trata-se de um profissional de mãos-cheia com mais de 40 anos de "estradas", com passagens pela RNA, Rádio Morena Comercial, Voz da América e actualmente está ao serviço da Rádio Eclesia de Benguela.

Quando questionado "como é que prevê o seu sucessor fazer melhor com pouco (escassez de dinheiro); o PR pediu ao novo governador para fazer Benguela brilhar? Quer dizer que o Senhor não brilhou?", Falcão ficou "vermelho", e destilou o seu veneno ao conceituado jornalista, chamando-lhe de mentiroso e arrogante, e rematou dizendo, "você já nasceu torto e vai morrer torto".

Certamente que RF está cego pelo excesso de zelo herdado no tempo do "Partido Único", sendo tão boçal na sua abordagem ao profissional que apenas questionou, o que certamente os benguelenses gostariam de perceber, mas o "Senhor da Verdade" esqueceu-se que ainda prevalece o velhinho adágio em jornalismo, segundo o qual, "não existe pergunta estúpida, mas sim resposta estupida".

RF sempre se revelou diante da mídia como uma mistura de Trump e Bolsonaro, ou seja, uma "metralhadora" que não tem auto-domínio e que foi programada para humilhar jornalistas, esquecendo que tem o dever de aclarar à sociedade aspectos inerentes à gestão da coisa pública.

Rui Falcão deixou patente que os militantes do MPLA não estão talhados para lidar com uma imprensa imparcial, que não se limita apenas à questionar ao gestor público, simplesmente, o "balanço da sua governação; mensagem para os benguelenses; ou quais são os principais desafios do novo governador", tal como tem sido praxe aos órgãos de comunicação social públicos, também conhecidos como o "quarto do Poder".

Com esse tipo de (des)governantes e/ou políticos, o MPLA só revela que atingiu o fundo do poço e está longe de dar resposta aos novos paradigmas de governança.