Londres - Os nossos pais sempre nos disseram que o regime deturpou a verdade desde 1975 porque sempre se considerou o único representante dos angolanos, desrespeitando os acordos de Alvor e consequentemente expulsando os outros movimentos e assim governar sozinho. As eleições de 1992 foram uma imposição e feito da UNITA; a democracia é marca de partido que sempre achou que o poder pertence ao povo e que tudo se faria para o restituir.

Fonte: Club-k.net

Nesse ano eleitor, o regime  denegriu, sujou e utilizou, com todas as forças, os meios de comunicação sociais públicos  como se deles se tratasse. O impacto era visivel a favor deles porquanto o contraditório era uma miragem; tudo que a TPA passasse era tida como a correta e convencia a população a pensar mal dos outros candidatos.


Os angolanos sabem que depois das eleições de 1992, Angola só voltou a ter eleições gerais em 2008, o que quer dizer, dezasseis anos sabáticos de caprichos , abuso de poder, violação da lei .


Depois das eleições fraudulentas a todos os niveis, mudaram a constituição em 2010  que entrou em vigor em fevereiro com a realização do CAN organizada por Angola; estavamos destraidos com o futebol, enquanto eles cozinhavam a mesma, tornando-a  ATIPICA, isto é, ( ANORMAL ).


Em 2017, os mesmos truques, mas de forma sofisticada a batota, mas  mesmo assim, perderam as eleições. O MPLA, perdeu as eleições. Homens de patentes e de nome politico interno disse-nos assim: “ já se movimentam tanques de guerra, as forças armadas e a policia de intervenção rápida para todo o país para atirar a matar sem piedade desde que a UNITA e o seu Presidente decidam sair as ruas como sinal de protestos das eleições”. Os sapos foram engulidos mais uma vez, mas de forma racional. Continuando,  a senhora das águas bebia, bebia, sem parar porque não sabia se anunciar a verdade ou ter problemas com o seu partido. Prevaleceu a vontade do partido dela em detrimento da maioria que sofre. Depois vêm a publico falar em nome dos angolanos que todos os pisoteiam, maltratam, não dão o minimo a eles. Fazem pronunciamentos musculados, dando-se de vitimas, onde falam em nome dos angolanos, mas que nunca os representaram; exemplo práticos são vários, dos quais, a morte de dois irmãos que saiam da escola em plena chuva e que foram levadas pelas águas e morreram; a zungueira eletrocutada, as demolições em fase de chuvas e outros, alguém daqueles dirigentes se compadeceram com as vitimas? Mostraram gestos de solidariedades?

Deixem de falar em nome do povo porque nunca os representastes. Vós representais seguramente os estrangeiros que se enriquecem todos os dias em detrimento da nossa desgraça. Por isso nos considerais menos  angolanos que vós. Decerto somos mais angolanos que vós e resgataremos a nossa identidade um dia. Primeiro o angolano até lá onde não der mais contar.   


Nesse momento, o Partido Estado está sem norte, sem ideias, sem apoio interno e sem apoio da sociedade civil e como se não bastasse, anda com uma rotura interna sem fim; tudo indica que o fim culminará com a destituição legal do chefe deles e do próprio partido.
O MPLA está a ensaiar a instabilidade com acções concretas, rebuscando tácticas do passado para criar no seio da população medo e por conseguinte se manter no poder. É só analisarmos os boca de aluguer que se multiplicam por toda Angola, nas redes sociais, nos meios de comunicação sociais e dos próprios actores do MPLA. A intolerância politica que já se torna forte, agora com a morte de dois membros da UNITA, reportada pela Deputada Navita Ngolo e que tende a ser uma prática normal sem responsabilização da parte dos infractores. O MPLA anda com problemas de memória crónica.


A ciência é dinâmica e devem saber perceber de que os truques em pleno século XXI já não pegam porque hoje  as redes sociais são úteis para os sem espaço e voz. Quando as várias bocas de aluguer dizem que a oposição não tem ideias e nem programas, os opositores são estrangeiros, a tripartida não vai dar em nada, a oposição nunca construiu nada e só sabe criticar, acrecentando os membros do BP que dizem: a oposição nunca teve um projecto de governação para Angola e sabem que o povo vai votar massivamente no MPLA em 2022 e que o MPLA é o único partido preparado para governar Angola; não é verdade, nunca será verdade; é um falso problema. É a memória crónica a falhar e andam com o conhecimento parado no tempo, portanto estático. A vida é dinâmica, é em movimento. A vida é um devir constante senhores do MPLA-PT. Um dos exemplos de que parastes no tempo, são as formas de exonerações e nomeações; as chamadas trocas de cadeiras. Sinal de destruição e enterro.


O partido estado a muito que perdeu a direcção e o leme de Angola e consequentemente do poder. Anda a buscar motivos para voltar ao passado de 1992 para depois culpar os desarmados de a fazerem para depois inviabilizar, não convocar as eleições legislativas porque nunca mais houve eleições presidenciais depois de 2008. A turma de apitos é propriamente uma organização criminosa que tira o sossego dos cidadãos nos municípios instalados, onde a bel prazer e a olhos das esquadras municipais e dos seus comandantes matam, destrõem, saqueam, violam sem que lhes sejam cobradas responsabilidades. Tomas Bica é o responsável pela turma de apitos. Então, qual é a função da policia nesses municípios, quando o poder se dá a turma de apitos? Os exemplos vêm dos cidadãos que ocorrem a Rádio Despertar, programa repórter da minha banda, onde contam tudo. A outra forma de ensaio a instabilidade é a distribuição de armas aos cidadãos desses municípios, alertado pelo Deputado Ekuikui. Essa prática é antiga, não é nova. Sempre que se sentiram entre a espada e a parede, o fizeram. Os sinais são tantos porque o único motivo é a preservação do poder a todo custo.


Nunca estiveram preocupados com o bem estar dos cidadãos, direitos humanos, direito a habitação, saúde, emprego, educação, saneamento básico, livre circulação de pessoas e bem, nunca estiveram preocupados, mas quando se fala em corromper personalidades da oposição ou mesmo singular, em troca de avultadas somas em divisa e em kwanza, não medem esforço e os valores aparecem imediatamente. Esses dinheiros não serviriam para reduzir o sofrimento dos pacatos cidadãos que não têm nada se o governo criasse pequenas e médias empresas para os receber? Esses valores não serviriam para a compra de produtos básicos e assim regular os preços dos produtos nos armazéns? Esses valores não serviriam para a construção de estradas nacionais e tercearias para o bem das circulações de pessoas e bens?

 Existe no poder gente viciada, gente desenteressada com o povo angolano porque não se revê no povo angolano e porque esse grupo não é verdadeiramente angolano. Essa gente é obcecada ao dinheiro e aos pactos ruins feitas com forças estranhas.


A situação politica é caótica porquanto tudo fazem para que haja uma exaustão dos seus opositores e eles puderem adiar eleições conquanto a própria revisão constitucional seja outro elemento para o adiamento. Os ensaios para uma instabilidade está já traçada e falta apenas a sua acção, a sua pragmatização como meio para o alcance dos objectivos macábros da elite.


Portanto, vai o alerta a todos fazedores de opiniões, aos politicos da oposição, a sociedade civil e a comunidade internacional, embora não represente a oposição e a nós,  a sociedade civil e a tripartida, hoje são um só e falam a mesma lingua. Há uma forte corrente positiva entre os dois elos que aos poucos se vai tornando mais fortes com a entrada dos acadêmicos em geral, médicos e todos os funcionários públicos e privados com objectivo único: a UNIÃO DA SOCIEDADE COM A TRIPARTIDA para desalojar legalmente o MPLA do poder.


Tudo que vier a acontecer aos nossos lideres de confiança e aos cidadãos normais ao longo desse ano e do próximo, terá mão dos intolerantes da paz; daqueles que sempre amaram a guerra.


Como sugerimento, pedimos àqueles angolanos que militam no MPLA, com alguma responsabilidade e não só, de se juntarem a tripartida para a construção de uma Angola para todos. Camaradas do MPLA, tenham coragem em abraçar o bem e deixar o mal. Haja coragem em manifestar descontentamentos contra o MPLA; o povo sofredor vai agradecer. 


Angola clama pelas vozes dos seus verdadeiros filhos para se repor, instalar uma verdadeira democracia para o bem dos nossos filhos, netos, bisnetos.


O vosso ensaio a instabilidade para se manter no poder, não irá pegar, faça sol ou chuva, a verdade é que o único que pode comportar-se assim, chama-se MPLA que tomará do seu próprio veneno na hora certa caso tente. Hoje a verdadeira guerra é de ideias, criação de juízos, estratégias para se sair da crise, da recessão em que se encontra a sete anos, sair da pobreza extrema e da miséria a todos os níveis. Tudo que seja feito em prol dos angolanos, é bem vindo, preceitos tortuosos, para fazer cair o angolano, “PODE IRE”.
Os tempos são outros, venha de onde vier, vossas notícias, estratégias nefastas cairão por terra.

Por: Talangongo Okola e António Correia