LUANDA, 03 DE ABRIL DE 2021


Sua Excelência João Manuel Gonçalves Lourenço
Presidente da República de Angola
Palácio Presidencial - Luanda


Excelentíssimo:

O subscritor, Amadeu Gouveia, desde o ano 2000 (via postal), em 2002 por fax emitido desde a Embaixada de Angola em México, e de forma presencial no Protocolo da Presidência da República em Luanda (27 de Janeiro e 13 de Julho de 2020), esta é a quinta tentativa de aproximação com Chefe de Estado de Angola e, nesta ocasião, o faz via protocolar e, sete dias depois, esta carta será aberta ao público.


OBJETIVO:

Solicitar uma audiência ante Sua Excelência, Presidente da República e seus convidados, necessariamente, para Domingo 16 de Maio de 2021.


ASSUNTO :

A Libertação dos Africanos, da Pobreza, e a Transformação da Vida miserável, no continente e na diáspora, começando por Angola. É um assunto faraónico, isto é, indelegável para o Chefe de Estado.


CONTEXTO:
Há uma constante:
Toda vez que o Eterno castiga o seu povo particular, sempre usa governos inimigos como chicote e predetermina o tempo que durará tal suplício; mas, eternamente, ái, ái, ái daquele povo cujo governo tenha sido utilizado como chicote nas mãos do Eterno contra os Israelitas!


Por um problema específico entre os Filhos de Israel, o Eterno preparou o imperio mundial do então (Egipto), para castiga-los por um determinado tempo advertido ao patriarca Abrão (4 séculos). Ao cumprir-se esse período de tempo, os Israelitas sobreviventes, agonizados pela opressão, clamaram; e o clamor deles ascendeu ao Céu, e foram libertados sob diligencias de Moisés. Apocalipticamente, Egipto representa um sistema político-governativo opressor, matador, escravizante e descriminante contra um povo particular do Eterno.


Por um problema específico, Judá tinha sido atacada e arrasada pelo imperio mundial desse tempo (Babilónia), e os Judeos sobreviventes, estando decaídos no fundo da miséria, “foram, então, todos os oficiais (do governo),..bem como o povo, desde os grandes até aos pequenos, dizer ao profeta Jeremias:


Ouve a nossa súplica, e intercede por nós, junto do Altíssimo...
Que Ele nos indique o caminho que devemos seguir e o que devemos fazer.

Respondeu Jeremias:

Ouço o que me dizeis, e vou consultar ao Eterno o que desejais.
O que Ele me disser, vo-lo transmitirei fielmente” .


Quando se deu conta que já se tinham cumprido os setenta anos de catividade dos Judeus em Babilónia, segundo o Eterno o havía dito através de Jeremías, então Daniel orou e diligenciou para a restauração de Judá, e assim foi. Em termos apocalíticos, Babilónia representa um sistema político-ontológico impositivo sobre o povo, em oposição à adoração ao Altissimo.


Igualmente, por uma causa específica, o Eterno preparou o Imperio Europeu (encabeçado por Roma) para castigar os habitantes de África (e de América).


Por quê causa específica? E por quânto tempo?

Apocalípticamente, e tal como a História regista o domínio das suas potências sobre os Africanos, dito Império é, actualmente, a Babilónia e o Egipto, e também é a Sodoma pela sua moralidade. E, hoje, os Africanos sobreviventes do colonialismo –já soberanamente independentes- se encontram no mais profundo possível da miséria, de tal maneira que as condições de vida das populações são muito piores que durante o colonialismo e, decaídos como por nocaute, nem sequer podem dar conta da missão que lhes incumbe no mundo. Isto é, em África, os govenos independentes são, paradoxicamente, piores chicotes que os coloniais, para a lesa, pobreza, miséria e morte dos seus povos.


É neste contexto em que, por exemplo em Angola independente faz nove lustros, oficiais das Forças Armadas, da Polícia e da Função Pública, militantes e dirigentes de partidos políticos, e a população em geral, todos exclamam:

Porquê?

Como paliativo às consciências ameaçadas por um futuro mais sombrio, todos repetem:
“Só Deus”.


Em lugar dessa resposta furtiva e inútil, é oportuno que os Africanos clamem, dizendo:
Que o Altíssimo nos indique o caminho que devemos seguir e o que devemos fazer.


PROBLEMA e PROBLEMAS

Ante uma enfermidade, é muito importante fazer-se uma abordagem médica correcta, determinando o diagnóstico preciso, para estabelecer um tratamento adequado. Tóme-se o exemplo da Tuberculose. A infestação pela micobactéria é o problema raíz, primário ou causal da doença (diagnóstico). E a febre, diaforesis, cefaleia, hiporexía, caquexía, cansanço, debilidade, disneia e outras manifestações (sinais e sintómas), são um comjunto de problemas frutos, secundários ou consenquentes do anterior.

O paciente sente, vê e se queixa dos problemas secundários; nunca vai queixar-se do problema primário, porque lhe é oculto e não vai reconhece-lo, até que o médico o revele.

- A medicação para erradicar a micobactéria, e assim resolver o problema primário, se chama tratamento etiológico;

-a medicação para aliviar o paciente da febre, cefaleia e todos os problemas secundários, se chama tratamento sintomático;

- e a medicação e/ou instruções (educação) que o médico dá ao paciente e aos do seu entorno, para evitar recorrências e contágios, se chama tratamento preventivo ou profilático.

Os três tratamentos se devem aplicar para aliviar e curar o paciente (bom prognóstico), e educar para um estilo de vida saudável; assim, contando com os conhecimentos e decisões acertadas dos professionais da saúde, mais à obediencia da gente para seguir suas instruções, a sociedade ganha uma cultura de vida.

Porêm, se o médico ignora o problema causal, se indica e aplica só o tratamento sintomático, e não o etiológico, sería uma atenção paliativa, com alta probabilidade de que o paciente tenha uma evolução tórpida e viva sua aflição para morrer (mau prognóstico). E, por ignorar o problema primario, o médico não sabería instruir ou educar preventivamente, promovendo assim uma cultura de morte.

Do mesmo modo, a vida miserável dos Africanos em todo mundo tem só e somente um único Problema Causal ou Primário, e é oculto, a gente não tem conhecimento dele. E a extrema pobreza, fome, sede e desnutrição, nudez e falta de tudo; epidemías recurrentes e duradouras e a alta mortalidade; o trato despectivo e violento por discriminação racial que sofrem em todo o planeta Terra; o colonialismo e escravidão, assim como a Afrosis que afecta a sociedade com egoísmo patológico, mitomanía , cleptomanía e fratricidio; o baixo umbral irascivo, preguiça e debilidade laboral; entre tantas outras manifestações, são um complexo de Problemas Secundários do anterior.

E, por não resolver-se o Problema Primário, todas as decisões e acções políticas dos governantes nos países de África para combater a pobreza, somadas à toda atenção e ajuda que têm recebido de outros governos no mundo, ONGs, ONU, etc., só têm resultado em soluçóes paliativas, pois, tais Problemas Secundários entre as suas populações continuam multiplicando-se, com pior prognóstico para morrer. Isto não se deve a que entre os Africanos, seus governantes e políticos, legisladores e deputados, eclesiásticos e teólogos, intelectuais e académicos, jornalistas e líderes de opinião, e tantos sábios e autoridades sociais, sejam todos eles incompetentes ou lhes falte a valentía necessária para expor e discutir, estabelecer e aplicar soluções para combater a pobreza e a miséria; mas sim, pelo facto de que se tem abordado o assunto de forma errática, e tem-se procurado solucionar o complexo de Problemas Secundários com total falta de conhecimento do seu único Problema Primário (oculto).

Como resultado, entre os Africanos, se governa e se vive numa cultura em que se encara a miséria e morte prematura como algo próprio da gente com pele bronze brunido. Porém, para eles, escrito está:

“O meu povo morre (é destruido) por falta de conhecimento”.
“E meu coração se comove ao pensar nele.
Terei compaixão dele! – oráculo do Eterno” .

Sua Excelência, certamente, a ignorância mata. Os Africanos têm certas peculiaridades transcritas no seu genoma – nenhuma outra gente no mundo as tem nas suas entranhas - e que, ao ignorar e não tomá-los em conta, a governação sobre eles se torna impossível de ser ordenada, pacífica, disciplinada e próspera. Todo Chefe de Estado (em África) tem o direito de conhecer tais particularidades, para governar com a integridade, unidade e propesperidade dos seus povos.

Assim que, fazendo uso do “direito e a liberdade de informar”, conforme o Artigo 40.º da Constituição da República de Angola, o subscritor vem à Vossa Excelência, porém, não em nome próprio, nem em representação de algum grupo político, religioso ou de algum outro interesse, mas sim, como o soar da Trombeta em nome do Eterno que, por sua compaixão, reivindica os Africanos; e, para começar o processo libertador de maneira correcta, solicita uma audiência para 16 de Maio de 2021, data que corresponde ao día propício para apresentar a mensagem na vossa presença, na qual, fielmente, vai

1) revelar o Problema Primário ou Causal, pelo qual os Africanos levam uma vida miserável em todo o mundo;

2) mostrar o cumprimento e o fim do período de tempo proféticamente determinado, durante o qual os Africanos padeçem tal miserável sorte;

3) anunciar uma combinaçáo de peculiaridades transcritas no genoma dos Africanos, cujo conhecimento e consideração é imprescindível para serem governados com justiça e equidade; afim de que a administração e gestão do erário público, réditos advindos do petróleo, diamante e tantos outros bens cujos direitos de autor pertecem ao Eterno, seja para a prosperidade de todos, resgatando a população geral da vida cada vez mais pobre no campo e nos mabululu , tal como escrito está: “A abundância que oferece o solo é para todos"

4) dar a conhecer a boa nova transformadora, a receita para sair da miséria, incluso para curar a sociedade (e seus governantes) da Afrosis; e

5) recordar uma missão incumbida aos Africanos, para benefício do mundo; para a qual, do decaimento em que se encontram“vou libertar-vos, e sereis uma bênção” , diz o Eterno;

6) informar a decisão e acto político que o Chefe de Estado empreenderá, como início do dito processo libertador e transformador.

A exposição dessa informação terá a duração de 3 (três) horas, incluíndo o tempo de perguntas e respostas.

Conforme o oráculo do Eterno, chegou o tempo da verdadeira Transformação da vida dos Africanos e, a História legitimiza que esse processo libertador deve começar por Angola; pois, entre outras razões,

a) cronológicamente, foi a primeira região da África (subsariana) a ser penetrada pelos colonos da Europa moderna;

b) o país onde ocorreu o “Armagedão africano” , o pontapé terminator contra a ocupação colonial em África;

c) e, sobretudo, “Angola é e será, por vontade própria, trincheira firme da revolução (transformação) em África”, na qual, “o mais importante é resolver os problemas do povo”, não são ditos demagógicos, não são produto de uma falácia política, senão de uma revelação do Eterno sobre a vocação dos Angolanos, pela boca de Agostinho Neto, “o Moises de Angola” .

Ao cumprir-se o tempo determinadado que passaria em Egipto antigo, as pragas e crises económicas consequentes foram os indícios para que o povo de Israel saísse da sua sorte miserável (escravidão). Hoje, já se cumpriu o período de tempo determinado para a vida miserável dos Africanos, de tal maneira que as pandemías e as crises económicas atuais indicam que é o momento para que os Africanos - no continente e na diáspora - saiam desse estado precário; o contrário, desnecessariamente e por inércia, continuarão vivendo tal condição, e piorada.

Finalmente, ao conhecer-se o Problema Causante (Primário) das desgraças dos Africanos, e decidir resolve-lo com prontidão, o próximo Shemitá será de preparação e dar o pontapé de saída para erradicar a pobreza durante o seguinte período de setes anos, estabelendo um acentuado crescimento da economía familiar e bem-estar e prosperidade, e assim transformar África em Terra de Wembo . Pelo contrário, persistindo com ignorância e não fazer-se nada, augura-se a multiplicação das desgraças para o mundo, tal como aconteceu no Egipto antigo.

Pelo exposto, o que subscreve espera deferimento com a indicação do lugar e hora da audiência solicitada para a data acima mencionada.

Para benefício de todo o povo de Angola (e África), que o Eterno abençoe a vós, Sua Excelencia.

Atenta e respeitosamente, com a amizade à vossa disposição.

Amadeu Gouveia
/ cidadão angolano /


Luanda, 03 de Abril de 2020

 

C.C. À Assembleia Nacional de Angola
C.C. Aos Meios de Comunicação Social
C.C. À Cidadania
C.C. Às Organizações Cívico-Sociais na Diáspora