Luanda – A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) teve, em 2009, em termos de desempenho financeiro, um lucro líquido de 2,4 biliões de dólares norte-americanos, anunciou quinta-feira em Luanda, o presidente do conselho de administração da companhia, Manuel Vicente.


Fonte: Angop


ImageNo período em referência, disse o gestor da empresa pública de petróleos, as vendas atingiram o valor de USD 13,2 biliões, enquanto os custos associados as mesmas estão calculados em um bilião de dólares norte-americanos.

 


"São resultados ainda provisórios, está-se na fase de apuramento e neste momento trabalha-se para a divulgação dos resultados definitivos", explicou Manuel Vicente durante uma conferência de imprensa, realizada por ocasião dos 34 anos de existência da Sonangol.

 

"Apesar da crise, dos seus impactos e efeitos sobre a actividade operacional e financeira, a Sonangol mantém a sua robustez financeira, assente nos lucros, que são superiores a dois mil milhões de dólares. Está com um endividamento que podemos considerar moderado e está com um forte, sólido e crescente fundo de maneio líquido e com uma liquidez que é invejável", referiu.

 

De acordo com o gestor da Sonangol, a rentabilidade do activo, dos capitais próprios e do investido cifra-se, respectivamente, em 10,84%, 20,24% e 19,76 porcento.

 

Em termos de obrigações para com o fisco e o Tesouro Nacional, disse, a companhia Liquidou em impostos, no ano transacto, 936 milhões de dólares, tendo pago ao Estado, como resultado de dividendos do exercício de 2007/2008, cerca de USD 436 milhões.

 


Manuel Vicente considerou que 2009 foi um ano difícil, de muitas restrições e com um cenário económico nacional e internacional desfavorável.

 


Segundo disse, a conjuntura obrigou-os a fazer ajustamento nos programas de trabalho e consequentemente nos orçamentos, quer a nível operacional, quer de investimento.

 

"Em 2009 prosseguimos com o processo de reestruturação, que visa consolidar a cadeira organizacional da empresa, no qual a companhia está, cada vez mais, a tornar-se uma casa financeira, passando os negócios a serem geridos a nível das suas subsidiárias", sublinhou.

 

A nível das subsidiárias, afirmou, a Sonangol continuou a consolidar o papel de companhia operadora, entrando no negócio de refinação e tendo registado a consolidação do controlo da refinaria de Luanda e sua respectiva operação e foram executados alguns estudos com vista a sua melhoria e modernização.

 

Em relação à cadeia de distribuição, disse que a empresa continuou com o programa de expansão da rede distribuição, com base no plano director, ao mesmo tempo que procurou fortalecer a Sonangol Holding, como empresa que consolida todas participações sociais que a companhia detém participação.

 


A Sonangol trabalhou, em 2009, em termos de indicadores com um preço médio de petróleo de 61,64 dólares, com uma produção de 684 mil barris/dia, utilizando uma taxa médio de câmbio de 89 Kwanzas por cada dólar dos EUA.