Segundo a mesma fonte militar da resistência cabindesa os operacionais que eliminaram na aldeia congolesa de Nzassi, junto à fronteira de Massabi, teriam penetrado na noite de 25 de Setembro em território congolês com o apoio de Sadamo, «oficial da segurança congolesa destacado na fronteira».

O comando operacional, totalmente constituído por cabindas, seria composto por José Tchitembo Bissafi, Policarpo Muela Mulele, Pedro Chicaia Nlembiano, Augusto Wanga e Francisco Mabiala, militares oriundos da ex FLEC Renovada e da FLEC/FAC que integraram as Forças Armadas Angolanas (FAA) no quadro dos acordos estabelecidos por Antonio Bento Bembe, garante a mesma fonte.

Informações recolhidas pela segurança da FLEC apontam que executores foram conduzidos ao local onde o Comandante Maymona se encontrava em convalescença, com ajuda de Afonso Tchicucu, o qual terá servido de guia. «Esta operação foi planeada José Tchitembo Bissafi, que tem as funções de segundo secretario na embaixada de Angola na Republica do Congo (Brazzaville), todavia circula apenas entre Luanda, Cabinda e Ponta Negra» acusa a mesma testemunha.

Todos os operacionais, com excepção de Pedro Chicaia Nlembiano, são oriundos da região de Massabi, zona de acção do Comandante Maymona quando comandante adjunto das operações das FAC da zona centro e sul de Cabinda. Com esta operação as FAA pretenderiam reduzir a actividade da guerrilha nesta região.

As exéquias fúnebres do «Comandante Maymona», Manuel Maria Gomes, ocorreram este sábado perto da aldeia congolesa onde foi executado.
 
Fonte: PNN Portuguese News Network