Não existem possibilidades, nenhuma, de se ser um bom pai quando se tem essa quantidade excessiva e exagerada de bocas a serem alimentadas, de espíritos e almas necessitando de afeto. Não existe a possibilidade de se ser um bom esposo quando se é mulherengo, covarde e abusador de mulheres com características missogênicas. Impossível ser um bom pai de família; impossível ser um bom líder, um bom guerrilheiro ou chefe de estado  nessas circunstâncias. Na verdade, é impossível ser um homem de verdade quando se ostenta características selvagens que levam ao sofrimento de trinta e três pessoas da mesma família, centenas, milhares ou milhões de pessoas de uma nação.

Onde está a hombria (a capacidade de ser homem) nisso? Onde está a capacidade de sermos inteligente? O que nos diferencia nós os seres humanos dos animais, quando se age dessa maneira.  É a esse homem, a esse Soba, a esse guerrilheiro, a esse “patriota”, a esse “democrata” que devemos algum tipo de gratidão. Gratidão de quê?

É impressionante acreditar que até os mafiosos italianos habituados a todo tipo de crimes têm mais honra que um típico soba, guerrilheiro e selvagem africano. Aqueles pelo menos diziam na voz de Mário Puzo escritor ítalo-americano: É homem de verdade aquele que ama a sua família. Nossos bandidos, africanos, estão longe disso, a honra passa longe da dignidade de suas vidas, de suas famílias, de seus vizinhos, povo e nação.

Assim, também acredito ser impossível ser um herdeiro exemplar quando se nasce nessas circunstâncias se o contexto aqui a ser discutido é de liderança. Nada de preconceito, nada de discriminação, mas uma liderança, quem vai liderar milhões de pessoas e o destino de uma nação deve ter personalidade impecável  e insuspeitável. Podemos vir de um galinheiro, mas a humanidade, o mundo a nação não é um galinheiro. Querem bons exemplos, é só vocês lerem ou dedicarem um precioso tempo ao estudo de biografias dos grandes lideres que a humanidade teve, quase todos eles, acima de uma media de 80 por cento nasceram  em ambientes exemplares, de dar inveja. Um exemplo nacional disso é o próprio Agostinho Neto que nasceu num ambiente de intelectuais, mãe professora e pai pastor evangélico  da igreja, e acima de tudo um ambiente familiar equilibrado, culto e civilizado. Eu sou o típico homem, a típica criança, que sinto e sentiria  inveja de um ambiente como esse. E quem não sente por aí, das milhões de crianças angolanas muitas delas  abandonadas. O abandono a uma criança  não se manifesta, simplesmente,  pela ausência física do pai ou da mãe; o abandono pode ser, claramente, a fome de tudo. Aquilo que a vida nos nega a cada momento e segundo de nossas existências. O abandono pode ser a indiferença, o cinismo, a falta de cultura, a ignorância dos adultos que estão próximo, mas como resultado final aparentam nunca existirem para os problemas dessas crianças.

Ou seja, para ser mais explícito e direito. Nenhuma sociedade, povo ou nação ganha um Agostinho Neto, um líder de verdade se o mesmo foi criado num ambiente indesejável como aquele à dos trinta e três. A não ser que queiramos um típico soba africano, maluco, selvagem, tribalista  e desequilibrado mental.

Assim, vamos fazer como fazem os evangélicos brasileiros ( ou crentes) quando estão ao lado de alguém indesejável: Xô Satanás! Chega de desgraça!


* Nelo de Carvalho,
Fonte:
www.a-patria.net