O estudo, hoje publicado pelo Jornal de Angola, indica ainda que na Maianga o preço de um apartamento de cinco assoalhadas ascende a três milhões de dólares (1,94 milhões de euros), enquanto um de três assoalhadas situa-se entre 645 mil euros (220 metros quadrados) e 500 mil euros (165 metros quadrados).

No bairro da Ingombota, um apartamento de cinco assoalhadas (223 metros quadrados) custa 838 mil euros, enquanto um de duas assoalhadas (64 metros quadrados) ronda os 245 mil euros.

Já em Luanda Sul, o valor de mercado de um apartamento de duas assoalhadas (57 metros quadrados) ronda os 249 mil dólares (160 mil euros) e o preço de um de cinco assoalhadas situa-se acima do milhão de dólares (645 mil euros).

Em Viana e na Camama, um apartamento de duas assoalhadas custa pouco mais de 200 mil dólares (129 mil euros), com o preço a subir para 285 mil dólares (184 mil euros) tratando-se de três assoalhadas.

Enquanto na Ingombota o preço do metro quadrado atinge 5.760 dólares (3.715 euros), no Camama fica-se por 3.300 dólares (2.128 euros).

De acordo com o Jornal de Angola, o estudo indica que nalguns casos os apartamentos chegam a ser mais caros do que vivendas com a mesma área.

O governo angolano afirma que o mercado imobiliário do país está a ser afectado por especulação, que pretende combater com uma revisão legislativa e do sistema tributário e através de um programa de fomento habitacional.

Segundo um estudo recente da consultora imobiliária Worx, a subida de preços tem vindo a ser sustentada pela procura por parte de empresas e expatriados, devido ao intenso crescimento económico do país, conjugado com a escassez de espaços de qualidade e tendência para concentração na capital.

"Porém, ainda se verifica a inexistência de espaços de qualidade, embora já existam planos a curto e médio prazo para inverter esta situação", lê-se no estudo da Worx, que adianta ser o mercado de escritórios "ainda bastante especulativo".

No segmento industrial, "a procura por espaços tem aumentado, especificamente nas zonas contíguas a área portuária", para onde está planeada a construção de "elevado número de novos edifícios", e no mercado residencial "não têm sido desenvolvidos novos projectos, excepto os espaços destinados aos colaboradores das empresas relacionadas com o petróleo".

Fonte: Público/Lusa